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Alckmin acredita que Haddad deve crescer após entrar na disputa eleitoral

O candidato à presidência pelo PSDB afirmou que o PT e os "adoradores" de Lula são responsáveis pela crise enfrentada pelo país atualmente

Haddad: o ex-prefeito de São Paulo teve sua candidatura oficializada nesta terça (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Haddad: o ex-prefeito de São Paulo teve sua candidatura oficializada nesta terça (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de setembro de 2018 às 14h53.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reconheceu nesta terça-feira que Fernando Haddad, que deve ser anunciado como cabeça da chapa petista nesta tarde, deve crescer nas pesquisas após entrar na disputa e vinculou seus demais adversários na corrida presidencial ao PT.

"Tudo é achômetro, mas é evidente que o candidato do PT deve crescer", afirmou Alckmin ao ser questionado sobre o que muda com a entrada de Haddad na disputa durante sabatina promovida por Folha de S.Paulo, UOL e SBT nesta terça.

"Esse desequilíbrio todo de contas públicas, 13 milhões de desempregados, não começaram agora. Isso começou lá em 2014, do PT e dos adoradores do Lula", disse o ex-governador de São Paulo.

"Ciro, sempre aliado do PT, Marina, 25 anos no PT, Meirelles, ministro do PT, e o próprio Haddad. Essa é a situação", afirmou Alckmin, citando alguns de seus adversários na corrida ao Planalto.

O tucano também buscou ligar o líder nas pesquisas, o candidato do PSL Jair Bolsonaro, ao PT sem, no entanto, voltar a manifestar solidariedade pelo ataque a faca que o rival sofreu na semana passada.

"O candidato que está em primeiro lugar, o Jair Bolsonaro --e aliás quero aqui, me permita, reiterar aqui a minha solidariedade a ele, à família, vítima desse atentado vil e covarde, que houve", afirmou Alckmin.

"Mas dizer duas coisas. Primeiro, tenho total discordância em relação às propostas dele. Primeiro, se você for verificar, todas as votações dele, sete mandatos de deputado federal, sem nenhum projeto praticamente de interesse público, você vai verificar que os votos foram sempre juntinhos com o PT", disse.

Alckmin também voltou a dizer que o voto em Bolsonaro pode significar a volta dos petistas ao poder, citando dados da pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira.

"O que a pesquisa mostra? Mostra que no segundo turno o Bolsonaro perde. Perde para mim, perde para o Ciro, perde para o PT. Então, na realidade, é um passaporte para a volta do PT e esse é o grande problema", afirmou.

Ex-prefeito de São Paulo, Haddad deve ser anunciado pelo PT nesta terça-feira como o candidato a presidente na chapa que até o momento é encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tornado inelegível com base na Lei Ficha Limpa. A deputada Manuela D'Ávila, do PCdoB, deve assumir o lugar do vice na chapa, ocupado até agora por Haddad.

FGTS

O tucano voltou a repetir que mudará o índice de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores e anunciou que metade do fundo ficará disponível para que o trabalhador aplique onde quiser, embora não poderá sacá-lo fora das situações em que a lei permite o saque.

"Eu assumindo a Presidência, será TLP, o FGTS vai, no mínimo, render correção monetária mais juros, que é TLP, e a outra metade desse dinheiro, portabilidade", afirmou o candidato.

"Se ele quiser, ele pode aplicar na poupança, no CDI, em títulos, ele não pode sacar, a não ser nos casos que a lei determina, mas ele vai poder a outra metade aplicar naquilo que ele acha que pode trazer um rendimento melhor para ele", disse.

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