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Alckmin: Acho que vamos crescer; campanha para valer é a partir de julho

Em cenários de pesquisa do Datafolha, divulgada no último domingo, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa aparece à frente de Alckmin nas intenções de voto

Geraldo Alckmin: "Como muitos brasileiros, tenho admiração pelo Joaquim Barbosa, pela sua história de vida" (Paulo Whitaker/Reuters)

Geraldo Alckmin: "Como muitos brasileiros, tenho admiração pelo Joaquim Barbosa, pela sua história de vida" (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de abril de 2018 às 20h23.

O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, elogiou nesta quarta-feira, 18, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que pode se lançar na disputa presidencial pelo PSB.

O tucano disse que admira a história do ex-ministro e, comentando a possibilidade de uma aliança, afirmou que é preciso aguardar o partido de Barbosa.

"Como muitos brasileiros, tenho admiração pelo Joaquim Barbosa, pela sua história de vida", afirmou o tucano, após participar de um evento para investidores organizado pelo banco Santander na capital paulista.

"Eu não posso falar pelo PSB, vamos aguardar o PSB." O presidenciável alegou que seria uma "indelicadeza" declarar a possibilidade de uma aliança se o ex-ministro busca ser candidato.

Em cenários de pesquisa do Datafolha, divulgada no último domingo, o ex-ministro aparece à frente de Alckmin nas intenções de voto. O presidenciável do PSDB afirmou que, na campanha, buscará a parcela de eleitores que "poderiam votar" nele.

"Acho que nós vamos crescer, e também não espero nada no curto prazo porque a campanha para valer vai ser a partir de julho, quando tem as convenções e se sabe quem vai ser candidato e a atenção do eleitor é maior", disse o tucano.

Alckmin citou que tem de 6% a 8% nas pesquisas e que 28% dos eleitores "poderiam votar", não especificando sobre qual cenário se referia com essa última porcentagem.

Reformas

Acompanhado do economista Pérsio Arida, escolhido para ser o coordenador do programa econômico de seu plano de governo, Alckmin defendeu as reformas previdenciária, tributária e política já no primeiro ano de governo.

Ele disse ser necessário "recuperar a legitimidade do Estado brasileiro" e fazer um trabalho harmônico com os demais poderes.

Para a reforma política, ele defendeu o voto distrital e disse que sugeriu ao Congresso que já nesta eleição fosse autorizado apenas o uso de um microfone e uma mesa no horário eleitoral gratuito.

Ao comentar que a sugestão não foi acatada, o tucano disse que usará a produção de imagens externas para o programa eleitoral. "O mínimo possível", destacou, prometendo fazer uma campanha barata e sem nenhuma irregularidade.

Alckmin falou para um público composto por aproximadamente 600 investidores. Questionado se gostaria de ser "o candidato do mercado", o tucano afirmou que pretende "ser o candidato do povo brasileiro".

Ele reforçou a promessa de vincular o rendimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) pela Taxa de Longo Prazo (TLP).

O ex-governador paulista afirmou ainda que o País "precisa de menos gladiadores e mais construtores", respondendo em seguida que não se referia a nenhum outro presidenciável, mas ao quadro político geral.

O pré-candidato declarou que agora é "muito melhor candidato" do que foi em 2006, quando foi derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por estar mais preparado. Citando sua gestão no governo de São Paulo, ele alegou que seu governo "nunca passou a mão na cabeça de ninguém" em investigação de irregularidades.

No mesmo evento, em que já discursaram outros pré-candidatos, amanhã será a vez do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), dar uma palestra para os investidores. Já participaram da programação Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo) e Flávio Rocha (PRB), além de Alckmin.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) havia confirmado presença no evento, mas cancelou sua participação alegando desencontro de agenda, segundo a assessoria do Santander.

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