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Alagoas quer suspender determinação de melhoria em presídios

O estado entrou com uma ação no STF alegando que o Poder Judiciário não pode interferir na forma como as políticas públicas do Executivo são cumpridas


	Sistema prisional: segundo o Conselho Nacional de Justiça, existem 1.924 vagas, mas a população carcerária é formada por 3.171 pessoas
 (Shad Gross/stock.XCHNG)

Sistema prisional: segundo o Conselho Nacional de Justiça, existem 1.924 vagas, mas a população carcerária é formada por 3.171 pessoas (Shad Gross/stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 05h58.

Brasília - O governo de Alagoas entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender medida que determinou a adoção de melhorias nos presídios. O estado alega que o Poder Judiciário não pode interferir na forma como as políticas públicas do Executivo são cumpridas. O pedido de liminar foi impetrado na terça-feira (14).

O objetivo é derrubar a decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, que determinou a construção de uma penitenciária de segurança máxima, a reforma de celas depredadas após rebeliões e a contratação de funcionários. O tribunal atendeu ao pedido do Ministério Público estadual.

Na ação, o governo informou que está tomando medidas para melhorar a situação nos presídios. No entanto, alega que, ao fixar prazo para o cumprimento, a decisão do tribunal ignorou as ações que estão sendo tomadas.

“Por serem as necessidades infinitas e, do outro lado, os recursos financeiros finitos, torna-se impossível a prática de todos esses direitos. O efeito cascata da decisão judicial em apreço é fatal ao equilíbrio das contas públicas de Alagoas, notadamente quando o cumprimento da liminar importará incalculável impacto financeiro para um estado carente de recursos”, alegou o governo.

Durante Mutirão Carcerário feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entre novembro e dezembro do ano passado, 448 presos foram libertados por terem cumprido a pena, mas continuavam detidos. O número é equivalente a 15% do total de 2.898 processos analisados.

O CNJ também constatou superlotação nas cadeias e recomendou a criação de mais de mil vagas. Segundo o conselho, existem 1.924 vagas, mas a população carcerária é formada por 3.171 pessoas.

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