Brasil

Ala pró-impeachment do PMDB tira Picciani da liderança

Essa ala da bancada do PMDB protocolou uma lista com 35 assinaturas, uma a mais que o mínimo necessário


	Ex-líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani: essa ala da bancada do PMDB protocolou uma lista com 35 assinaturas, uma a mais que o mínimo necessário
 (Divulgação/Câmara dos Deputados)

Ex-líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani: essa ala da bancada do PMDB protocolou uma lista com 35 assinaturas, uma a mais que o mínimo necessário (Divulgação/Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 13h11.

Brasília - Deputados da ala pró-impeachment do PMDB conseguiram destituir o líder da bancada e aliado do governo Dilma Rousseff, Leonardo Picciani (RJ).

Com isso, os 67 peemedebistas passam a ser liderados pelo mineiro Leonardo Quintão, apoiado pelo grupo que defende o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Essa ala da bancada do PMDB protocolou uma lista com 35 assinaturas, uma a mais que o mínimo necessário.

A mudança na liderança do partido já foi divulgada pelo site oficial da Câmara. Picciani permanece, porém, como líder do bloco PMDB-PEN, mas na prática sua capacidade de articulação entre os peemedebistas já está fragilizada.

Como vem mostrando o Broadcast Político, deputados da ala pro-impeachment do PMDB começaram a colher assinaturas para derrubar Picciani desde segunda-feira, 7.

O movimento teve início após o deputado carioca se negar a indicar peemedebistas anti-governo para a Comissão Especial do impeachment e ganhou força com a carta do vice-presidente Michel Temer, na qual ele faz críticas ao ex-líder do partido.

O desentendimento também culminou no lançamento de chapa paralela para o colegiado, que acabou derrotando chapa governistas ontem por 272 a 199 votos.

Segundo Osmar Terra (PMDB-RS), Picciani foi "totalmente insensível" ao pedido da ala pró-impeachment para que dividisse as oito indicações da legenda para comissão especial.

"Se tivesse dividido 5/3 ou 4/4, não teria havido ruptura. Mas ele disse que ia exercer a prerrogativa de líder para indicar quem fosse mais adequado", contou.

"Agora vai pagar o preço de não ter sido líder da bancada, mas do governo", emendou o deputado, que liderou o movimento ao lado de Darcísio Perondi (RS), Lúcio Vieira Lima (BA) e Lelo Coimbra (ES).

Picciani, contudo, pode tentar reverter o pedido, caso consiga obter novamente assinaturas de deputados a seu favor. O deputado carioca ainda não foi localizado para comentar o assunto.

Em entrevista ontem, o deputado tinha minimizado o movimento contra ele. Prevendo o revés, o líder anunciou que os secretários do Rio de Janeiro Marco Antônio Cabral (Esportes) e Pedro Paulo (secretário-executivo de coordenação do governo) devem retomar seus mandatos de deputado federal para apoiá-lo.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffImpeachmentMDB – Movimento Democrático BrasileiroPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Câmara aprova projeto que altera regra de progressão de pena para condenados por crime hediondo

Governo apresenta ao STF plano para ressarcir aposentados que tiveram descontos indevidos

Castração química para estupradores: projeto avança na Câmara; entenda proposta

São Paulo e Rio de Janeiro registram a tarde mais fria do ano nesta quarta-feira