Brasil

AGU pede que STF arquive inquérito do caso Covaxin

O pedido foi apresentada pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, nos autos do inquérito relatado pela ministra do Supremo Rosa Weber

Caso Covaxin: A origem da acusação de Bolsonaro por prevaricação é a denúncia apresentada na CPI da Covid pelo deputado Luis Miranda (DIBYANGSHU SARKAR/AFP/Getty Images)

Caso Covaxin: A origem da acusação de Bolsonaro por prevaricação é a denúncia apresentada na CPI da Covid pelo deputado Luis Miranda (DIBYANGSHU SARKAR/AFP/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 6 de abril de 2022 às 18h03.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) acate a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquive o inquérito em que o presidente Jair Bolsonaro é investigado por suspeita de prevaricação nas negociações para compra pelo Ministério da Saúde da vacina indiana Covaxin.

O pedido foi apresentada pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, nos autos do inquérito relatado pela ministra do Supremo Rosa Weber.

Na semana passada, a magistrada recusou arquivar a investigação, contrariando parecer do procurador-geral da República, Augusto Aras, segundo o qual não há vínculo funcional do presidente que o permitisse ser enquadrado no crime de prevaricação, que é deixar de agir ou agir contrariamente à administração federal, em interesse próprio -- um crime imputado a servidores públicos.

A PGR recorreu dessa decisão de Rosa Weber e quer que a ministra reconsidere sua posição ou leve o caso para o plenário do Supremo. Na manifestação encaminhada ao STF na noite de terça, o chefe da AGU foi na mesma linha que o Ministério Público.

Segundo Bianco, se a PGR pediu o arquivamento do caso, caberia ao Poder Judiciário apenas confirmar essa decisão, em linha com a jurisprudência da Corte.

A origem da acusação de Bolsonaro por prevaricação é a denúncia apresentada na CPI da Covid pelo deputado Luis Miranda (Republicanos-DF). Miranda contou à CPI que alertou o presidente sobre pressões para que seu irmão Luis Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde e na época era o chefe de importação do Departamento de Logística da pasta, estaria sofrendo para liberar a importação da vacina indiana Covaxin, mesmo com problemas no contrato e em valores acima das demais vacinas.

O próprio Luis Ricardo foi levado ao Planalto pelo irmão deputado para relatar o problema a Bolsonaro. O presidente reconheceu que o encontro aconteceu, mas negou que tivesse ouvido as denúncias. Depois, passou a dizer que as informações haviam sido repassadas ao então ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

Acompanhe tudo sobre:CovaxinPGR - Procuradoria-Geral da RepúblicaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR