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AGU orienta governo a não pagar R$ 4,2 bilhões em emendas da Câmara após decisão de Dino

Órgão afirmou que há 'dúvida razoável' sobre alcance de determinação do ministro do STF e defendeu 'interpretação segura'

Decisão do STF sobre emendas parlamentares gera orientação cautelosa da AGU (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Decisão do STF sobre emendas parlamentares gera orientação cautelosa da AGU (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 16h02.

Última atualização em 30 de dezembro de 2024 às 16h03.

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A Advocacia-Geral da União (AGU) divulgou nesta segunda-feira, 30, um parecer orientando os órgãos do Poder Executivo sobre como proceder após a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão diz respeito às emendas parlamentares que estavam bloqueadas.

No último domingo, o ministro manteve a suspensão de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão, definidas por 17 líderes da Câmara em ofício. Dino autorizou, entretanto, a execução das emendas que já haviam sido empenhadas antes de 23 de dezembro. Além disso, liberou o empenho, até 31 de dezembro, de recursos voltados à saúde e permitiu movimentações financeiras até 10 de janeiro para fundos da área.

Dúvida sobre alcance da decisão

O parecer da AGU destaca uma "dúvida razoável" quanto ao alcance da decisão, especialmente sobre as emendas de comissão citadas no ofício dos líderes da Câmara. Diante disso, a orientação é adotar uma interpretação prudente, sem permitir o empenho de emendas mencionadas no documento, mesmo que anteriores a 23 de dezembro ou destinadas à saúde.

“Não obstante a dúvida razoável, mostra-se, neste momento, prudente adotar-se a interpretação mais segura da decisão, no sentido de que, ao menos até ulterior esclarecimento judicial, não estão ressalvados os empenhos das emendas de comissão objeto do Ofício n. 1.4335.458/2024, ainda que anteriores a 23/12/2024 e ainda que destinados à saúde”, destaca o parecer.

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