Brasil

AGU defende no STF veto a showmícios por "isonomia" entre candidatos

Alegando que a vedação afronta as liberdades de expressão e artística, os partidos pedem ao STF que libere os showmícios

Shows: os autores da ação também pleiteiam ao STF que as apresentações musicais possam ser utilizadas como instrumento de arrecadação (bernardbodo/Thinkstock)

Shows: os autores da ação também pleiteiam ao STF que as apresentações musicais possam ser utilizadas como instrumento de arrecadação (bernardbodo/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de setembro de 2018 às 10h07.

A proibição aos showmícios é compatível com a Constituição na medida em que tem como objetivo ‘assegurar a isonomia entre os candidatos, evitando que utilizem eventos musicais para atrair a população e conquistar votos’.

É o que a Advocacia-Geral da União defende no Supremo no âmbito de ação (ADI nº 5970) proposta por três partidos políticos (PT, PSB e PSOL) para questionar a proibição, prevista na legislação eleitoral.

Alegando que a vedação afronta as liberdades de expressão e artística, os partidos pedem ao STF que libere os showmícios ‘desde que o artista não seja remunerado pela apresentação’ - o que, no entendimento das legendas, seria suficiente para impedir o abuso do poder econômico.

Segundo a AGU, os autores da ação - que está sob relatoria do ministro Luiz Fux e ainda não tem data para ser julgada - também pleiteiam ao Supremo que as apresentações musicais possam ser utilizadas como instrumento de arrecadação de recursos para campanhas eleitorais, o que também é vedado pela legislação.

Em manifestação ao Supremo, no entanto, a AGU alerta que permitir a ‘promoção de festividades e o uso da imagem de artistas consagrados com o fim de atrair a população e conquistar votos’, ainda que de forma não remunerada, seria capaz de afetar o equilíbrio da disputa eleitoral.

A Advocacia-Geral ressalta no documento que ‘não há qualquer afronta às liberdades de expressão e artística, uma vez que os artistas continuam livres para manifestar, em outros palcos e ambientes, eventual apoio a candidato ou partido de sua preferência’.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Partidos políticosShows-de-músicaTSE

Mais de Brasil

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho

Reforma Tributária: pedido de benefícios é normal, mas PEC vetou novos setores, diz Eurico Santi