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Agregador EXAME/IDEIA mostra disputa muito apertada entre Nunes, Boulos e Marçal a 4 dias da eleição

O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado Guilherme Boulos (PSOL) estão empatados com 25% das intenções de voto, seguidos pelo influenciador Pablo Marçal (PRTB), que tem 24%

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 2 de outubro de 2024 às 11h05.

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O atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) tem 25% das intenções de voto na cidade de São Paulo. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) também tem 25%, enquanto o influenciador e ex-coach Pablo Marçal (PRTB) aparece com 24%, de acordo com o agregador de pesquisas eleitorais EXAME/IDEIA.

Na sequência, a deputada Tabata Amaral (PSB) alcançou 10% e ultrapassou o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que caiu de 8% para 6%. Marina Helena aparece com 2%.

O novo levantamento considera 65 pesquisas divulgadas sobre a corrida em São Paulo. Na comparação com a edição de 28 de setembro, Nunes manteve a liderança em uma tendência de estabilidade, mas ganhou a companhia de Boulos, que subiu de 22% para 25%, enquanto Marçal segue estável na terceira posição. Tabata apresenta uma leve tendência de alta, passando de 9% para 10%, enquanto Datena continua em queda.

Segundo Cila Schulman, presidente do instituto Ideia, as últimas pesquisas públicas acendem um alerta para as campanhas de Nunes e Boulos devido à cristalização dos votos de Marçal entre eleitores de maior renda e escolaridade, justamente aqueles que mais comparecem para votar.

"Especialmente para o incumbente, que tem seus votos distribuídos entre a classe mais baixa e eleitores de menor escolaridade. O motivo é que a abstenção tem sido um fator decisivo no resultado das urnas e ela se dá justamente entre os mais pobres", afirma a presidente do Ideia.

A analista destaca que os índices de abstenção têm aumentado de forma geral no Brasil. Em 2020, durante a pandemia, as eleições que elegeram Bruno Covas e Ricardo Nunes registraram recorde de abstenções. No entanto, em 2016, João Doria foi eleito prefeito no primeiro turno com menos votos do que o índice de abstenção, brancos e nulos.

“A partir da pandemia pode-se dizer que o voto deixou de ser obrigatório no Brasil, já que ficou muito simples justificar a ausência, seja pelo aplicativo do TSE ou pela internet. E mesmo se não justificar, a multa tem um valor mais baixo do que a passagem de ônibus", explica Schulman.

  •  Ricardo Nunes (MDB): 25%
  • Guilherme Boulos (PSOL): 25%
  • Pablo Marçal (PRTB): 24%
  • Tabata Amaral (PSB): 10%
  • José Luiz Datena (PSDB): 6%
  • Marina Helena (Novo): 2%

O agregador serve para harmonizar as curvas das pesquisas eleitorais e mostrar tendências, mas não é uma média ponderada simples dos resultados das pesquisas. O levantamento do IDEIA, realizado no último dia 2 de outubro, contabilizou 65 pesquisas de opinião de voto estimulada para as eleições para a prefeitura de São Paulo em 2024. Foram contabilizadas pesquisas dos institutos Paraná Pesquisas, Futura Pesquisas, Atlas Intel, Real Time Big Data, Datafolha, Badra, Gerp, Ideia e Quaest.

O que é um agregador de pesquisa

É um algoritmo que harmoniza as curvas das pesquisas eleitorais e mostra tendências, mas não é uma média das pesquisas. Os agregadores do IDEIA fazem uma "correção" dos dados utilizando o "dyad ratios algorithm", modelo desenvolvido por James A. Stimson, da University of North Carolina. O algoritmo resolve o problema da falta de regularidade no lançamento de pesquisas ao preencher eventuais lacunas no tempo. O modelo também agrega pesquisas realizadas no mesmo intervalo temporal.

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