Brasil

Agentes são feitos reféns em rebelião no Paraná

Os 80 presos que lideram o movimento mantêm 12 agentes penitenciários como reféns e outros 160 presos no telhado da penitenciária


	Cadeia: essa é a primeira rebelião em Guarapuava desde sua inauguração, há 15 anos
 (Shad Gross/stock.XCHNG)

Cadeia: essa é a primeira rebelião em Guarapuava desde sua inauguração, há 15 anos (Shad Gross/stock.XCHNG)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 11h54.

Curitiba - A polícia retomou as negociações para colocar fim a rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapuava, na região centro-sul do Paraná, na manhã desta terça-feira, 14.

Os 80 presos que lideram o movimento mantêm 12 agentes penitenciários como reféns e outros 160 presos - a maioria por crimes sexuais - no telhado da penitenciária, de onde ameaçam jogá-los caso não sejam atendidas suas reivindicações, que ainda não foram divulgadas.

Um agente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegou de Curitiba no final desta segunda-feira, 13, e iniciou a discussão com os presos, acompanhados da juíza da Vara de Execuções Penais (VEP) de Cascavel, Patrícia Roque Carbonieri, além de policiais civis e militares. Essa é a 21ª rebelião em penitenciárias no Estado desde o final do ano passado.

Desde o começo do motim, dois presos foram jogados de cima do telhado da cadeia, um deles sofreu uma fratura e outro traumatismo craniano.

Além deles, seis se jogaram do telhado com medo de represálias dos líderes do motim; todos foram atendidos por médicos que acompanhavam a rebelião. Um agente penitenciário chegou a ser queimado com cola e foi liberado para ser atendido pelos médicos.

Existe a suspeita, não confirmada, de que a rebelião possa estar ligada às transferências de lideranças do PCC recentemente levadas do presídio de Cascavel, onde lideraram um motim, para Guarapuava.

Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Antony Jhonson, a situação está tensa no local e merece toda a atenção.

"Nós cobramos do governo melhores condições de trabalho para os agentes, iríamos fazer uma greve, mas o governo conseguiu uma liminar que evitou o nosso protesto", disse.

Essa é a primeira rebelião em Guarapuava desde sua inauguração, há 15 anos. O local é considerado modelo, pois no presídio há trabalho e estudo.

Acompanhe tudo sobre:CrimeParanáSegurança pública

Mais de Brasil

Presidente Lula discute sobre Enel com primeira-ministra italiana

Gás mais barato? Brasil deve assinar acordo com Argentina para ampliar importação, diz Silveira

Eduardo Suplicy diz que está em remissão de câncer após quatro meses de tratamento

Presidente turco viaja ao Brasil com intenção de defender a Palestina no G20