Brasil

Agência limita retirada de água do Sistema Cantareira

Segundo comunicado, o limite de retirada de água do Sistema Cantareira para janeiro é 22,9 milhões de m³


	Sistema Cantareira: meta é que 47,6 milhões de m³ sejam preservados no sistema
 (Divulgação/Sabesp)

Sistema Cantareira: meta é que 47,6 milhões de m³ sejam preservados no sistema (Divulgação/Sabesp)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 20h18.

São Paulo - O limite de retirada de água do Sistema Cantareira para janeiro deste ano é 22,9 milhões de m³, de acordo com comunicado conjunto da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE).

A meta é que 47,6 milhões de m³ sejam preservados no sistema.

O documento foi encaminhado aos presidentes da Companhia Estadual de Saneamento Básico (Sabesp), Jerson Kelman, e dos Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), Gabriel Ferrato dos Santos.

Conforme a ANA, a Sabesp utilizou previsões de vazões afluentes – entrada de água das chuvas no sistema – acima do registrado nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2014. Em ofício encaminhado ao DAEE, a agência expressa preocupação em relação ao planejamento do sistema e “reforça a necessidade de apresentação, pela Sabesp, de um plano de contingência que contemple ações emergenciais”.

A previsão da Sabesp para entrada de água naqueles meses foi, respectivamente, 15,4 m³/s, 23,7 m³/s e 27,9 m³/s. Entretanto, segundo a ANA as médias verificadas correspondem a 4,0 m³/s, 6,0 m³/s e 12,8 m³/s. A diferença entre planejamento e realidade corresponde a 117 milhões de m³ a menos do que foi previsto para os três últimos meses de 2014.

O órgão destaca que, em 30 de abril deste ano, o Cantareira precisa garantir o equivalente a 10% do volume útil original do sistema, aproximadamente 97 milhões de m³. “A não observância no passado desta recomendação poderá tornar inviáveis metas adequadas de segurança hídrica para o próximo período de seca”, alerta o documento.

Nota técnica divulgada pelo DAEE revela que a vazão média afluente chegou a 8,11 m³/s, entre 1º a 19 de janeiro. A previsão é que, no fim do mês, a média alcance 8,5 m³/s. Além disso, o ofício informa que “será necessária a elaboração de novos planos de contingência”.

“As perspectivas, no momento, são de um agravamento da crise, o que deverá implicar em reduções ainda maiores das retiradas”, completa o documento.

A Sabesp não havia se manifestado sobre o comunicado até a publicação da matéria.

Acompanhe tudo sobre:Águacidades-brasileirasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasMetrópoles globaisSabespSaneamentosao-pauloServiços

Mais de Brasil

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho

Reforma Tributária: pedido de benefícios é normal, mas PEC vetou novos setores, diz Eurico Santi