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Afilhado de Geddel é indicado para cargo na Caixa

Dilma decidiu fazer um aceno à ala dissidente do PMDB na semana seguinte à convenção do partido


	Geddel Vieira Lima: presidente permitiu que o líder dos rebeldes desse o aval a uma indicação
 (Roosewelt Pinheiro/ABr)

Geddel Vieira Lima: presidente permitiu que o líder dos rebeldes desse o aval a uma indicação (Roosewelt Pinheiro/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 20h59.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff decidiu fazer um aceno à ala dissidente do PMDB na semana seguinte à convenção do partido que decidiu, em uma votação apertada, pelo apoio à sua reeleição.

Ela permitiu que um dos líderes dos rebeldes no partido, o baiano Geddel Vieira Lima, desse o aval a uma indicação para uma das vice-presidências da Caixa Econômica Federal.

Roberto Derziê, cujo nome foi publicado nesta terça-feira em edição do Diário Oficial da União (DOU), ocupará a área de operações corporativas, antiga logística, no lugar de Paulo Roberto dos Santos, que foi exonerado do cargo.

Derziê é funcionário de carreira há mais de 20 anos no banco e ocupou o cargo de Geddel quando ele o deixou em dezembro de 2013 para disputar o Senado pela Bahia, em uma chapa que dará palanque ao senador Aécio Neves (PSDB) no Estado.

Para conseguir o apoio do PTB à reeleição, Dilma nomeou para o cargo de Geddel Luiz Rondon Teixeira de Magalhães Filho, primeiro tesoureiro do partido.

Como o jornal O Estado de S. Paulo informou no início de maio, quando Rondon foi nomeado, a Executiva Nacional do PMDB reclamou e, desde então, articulou uma estratégia para contemplar também o PMDB com outra vice-presidência.

A nomeação de Derziê para o cargo, porém, só acabou vindo depois da convenção nacional do PMDB no dia 10 deste mês, quando o partido decidiu apoiar por 398 votos a favor (59,13%) e 275 contrários (40,87%) o apoio à aliança com Dilma.

O resultado, porém, foi considerado apertado e um sinal de como as bases do PMDB não devem ingressar plenamente na campanha da petista.

Na convenção de 2010, os votos favoráveis à escolha de Temer como vice de Dilma responderam por 84,85%. A Bahia de Geddel foi um dos Estados que, segundo a cúpula do partido, votou contra a aliança. Ele nega.

Os dissidentes do PMDB alegam que o governo Dilma excluiu a legenda das decisões de governo durante todos os quatro anos de mandato.

Além disso, afirmam que o PT priorizou candidaturas próprias nos Estados para ampliar suas bancadas no Congresso Nacional e minimizar a influência do partido no Legislativo.

Derziê começou a se aproximar do PMDB por meio de Moreira Franco, quando o hoje ministro da Secretaria de Aviação Civil ocupou a vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal.

Por meio de Moreira Franco, Derziê assumiu a superintendência Nacional de Loterias da Caixa em outubro de 2007.

Em outubro de 2002 assumiu a Superintendência Nacional de Serviços de Captação e também um cargo de consultor técnico na Vice-Presidência de Pessoa Física.

Em junho de 2011, Moreira Franco sugeriu o nome dele para Geddel Vieira Lima, que na época era vice-presidente de Pessoa Jurídica.

Geddel procurava alguém que fosse de confiança e entendesse bem do funcionamento da instituição para ocupar a diretoria-executiva da sua vice-presidência. "Conheci Derziê nessa época. É um excelente profissional."

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