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Afastado do cargo, governador do DF Ibaneis Rocha presta depoimento de 3 horas à PF

Chefe do executivo afirmou em defesa enviada ao Supremo que planejamento de segurança para conter manifestação golpista foi alvo de 'sabotagem'

Ibaneis: O comparecimento de Ibaneis foi um pedido da própria defesa do governador afastado, que se antecipou a uma intimação (Walterson Rosa/FramePhoto/Folhapress)

Ibaneis: O comparecimento de Ibaneis foi um pedido da própria defesa do governador afastado, que se antecipou a uma intimação (Walterson Rosa/FramePhoto/Folhapress)

AO

Agência O Globo

Publicado em 13 de janeiro de 2023 às 13h25.

Última atualização em 13 de janeiro de 2023 às 15h33.

O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), deixou a sede da Polícia Federal, em Brasília, por volta das 14h desta sexta-feira, após três horas de depoimento no âmbito do inquérito que apura os atos antidemocráticos do último domingo. Ele entrou pelos fundos da sede da PF em Brasília, acompanhado de dois advogados, e saiu pelo mesmo acesso, sem falar com a imprensa. O comparecimento de Ibaneis foi um pedido da própria defesa do governador afastado, que se antecipou a uma intimação.

O afastamento dele foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pelo prazo de 90 dias, após suspeitas de omissão de autoridades locais para conter a invasão do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

O ministro também determinou a prisão do então secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, e do comandante-geral da Polícia Militar do DF (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira. Na última quarta, o STF confirmou as decisões de Moraes por 9 votos a 2.

A defesa de Ibaneis afirmou em documento enviado ao Supremo que o plano de segurança elaborado para a manifestação de domingo sofreu "atos de sabotagem" das forças de segurança locais e acusa policiais de terem agido com "conivência" e "colaboração" com os manifestantes golpistas e de terem cometido "deserção". A peça foi encaminhada a Moraes.

No documento, os advogados admitem que a primeira impressão é de que houve "aparente falta de preparação para os atos anunciados", mas argumentam que "diversos agentes aos quais incumbiam a execução do protocolo de ação seguiram pela inaceitável e criminosa linha da conivência e da colaboração com os grotescos atos terroristas, tudo à revelia do que havia sido previamente alinhado".

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