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Aeroviários dizem que empresas teriam problemas no Natal com ou sem greve

Sindicato diz que empresas escondem problemas como o overbooking e o excesso de horas extras dos funcionários

Cumbica: segundo a Embratur, passar por SP significa mais horas para turista (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo)

Cumbica: segundo a Embratur, passar por SP significa mais horas para turista (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2010 às 21h05.

Rio de Janeiro - A presidenta do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Selma Balbino, afirmou hoje (17) que as empresas aéreas estão se aproveitando da possibilidade de greve no setor para esconder problemas como o overbooking (venda de passagens em número maior que o de assentos do avião) e o excesso de horas extras dos funcionários, que apareceriam de qualquer maneira nas festas de fim de ano.

Segundo Selma, o radicalismo das empresas, que estão em muito boa situação, indica que elas estão apostando no radicalismo dos aeroviários para se livrar da responsabilidade pelos problemas de desorganização e falta de planejamento e jogar a culpa pelo overbooking nos funcionários. Selma falou após participar de reunião do comando de greve, que manteve para o próximo dia 23 a decisão de paralisar o setor.

“Nós discutimos isso hoje e questionamos se não estávamos entrando em uma cilada. Mas qual é o momento que temos, fora da data-base, para entrar em greve? Temos uma questão de honra de paralisar, se não obtivermos uma contraproposta, por conta do acirramento que está na base, entre os trabalhadores”, afirmou. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) classificou de “teoria absurda” a denúncia levantada pela presidente do SNA e informou que as empresas continuam abertas ao diálogo.

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