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Aeroportos regionais requerem R$ 2,4 bi, diz associação

Número foi apresentado hoje pelo representante da entidade, Anderson Correia, durante o Seminário Internacional de Concessão de Aeroportos

O especialista, que é doutor em engenharia de transportes e ex-superintendente Anac, classificou como realista o estudo divulgado ontem pelo Ipea (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

O especialista, que é doutor em engenharia de transportes e ex-superintendente Anac, classificou como realista o estudo divulgado ontem pelo Ipea (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2011 às 16h53.

São Paulo - Levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar) estima que serão necessários investimentos de R$ 2,4 bilhões entre 2011 e 2015 para adequar um grupo de 174 aeroportos regionais para atender ao crescimento da demanda nesses terminais. O número foi apresentado hoje pelo representante da entidade, Anderson Correia, durante o Seminário Internacional de Concessão de Aeroportos, que acontece em São Paulo.

Segundo o especialista, o levantamento completo, com a necessidade de cada aeroporto, será encaminhado pela associação ao Ministério do Turismo. Correia explica que esse conjunto é composto, principalmente, de aeroportos municipais e estaduais, mas também conta com aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de InfraEstrutura Aeroportuária (Infraero), como Vitória e Cuiabá, que não estão contemplados no pacote de investimentos previstos para atender à Copa do Mundo de 2014.

Copa do Mundo

O especialista, que é doutor em engenharia de transportes e ex-superintendente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), classificou como realista o estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que indicou que nove dos 13 aeroportos que receberão investimentos para modernização e aumento de capacidade, com vistas à Copa do Mundo de 2014, não ficarão prontos a tempo. "É muito improvável que a Infraero consiga cumprir o cronograma de modernização e aumento da capacidade dos aeroportos no prazo previsto", afirmou, destacando que essa é uma opinião pessoal, e não da Abetar.

Segundo Correia, cumprir os prazos seria difícil até mesmo para a iniciativa privada. Ele estima que a construção de um novo aeroporto em São Paulo, como já foi cogitado, levaria no mínimo 10 anos. "Os prazos da Infraero não são realistas e o prognóstico para a Copa é alarmante", afirmou.

O representante da Abetar acredita que o governo deverá conseguir cumprir apenas as obras emergenciais e terá que ter um plano B para atender ao aumento da demanda previsto para a Copa do Mundo. "Teremos que ter horários alternativos de voo, durante a madrugada, usar a (Rodovia Presidente) Dutra para deslocamento de pessoas durante o evento e até mesmo pedir para que os estrangeiros não venham para o País", declarou.

Na opinião do especialista, faltou planejamento. "Para o curto prazo temos recursos, mas não teremos agilidade", avaliou. Correia lembrou ainda que os projetos de ampliação dos aeroportos de Guarulhos (em estudo há três anos), Viracopos e Brasília ainda não foram concluídos.

Questionado por jornalistas se podemos esperar um caos aéreo durante a Copa, Correia disse que não, mas ressaltou que não haverá condições ideais no que diz respeito a serviços. Ele lembrou que os terminais provisórios poderão atender aos passageiros, mas faltará infraestrutura para atender as aeronaves. "É só um quebra-galho, e de que adianta?", indagou. Para o especialista, as condições estarão longe do que o Brasil está prometendo.

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