Sérgio Cabral defende a participação da iniciativa privada em projetos de infraestrutura (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2010 às 17h35.
São Paulo - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou nesta terça-feira (14) que a infraestrutura aeroportuária brasileira “é uma vergonha”. “O Rio de Janeiro, que vai sediar as Olimpíadas em 2016, não pode ter uma rodoviária de quinta categoria como é o aeroporto do Galeão.”
Em palestra para empresários no EXAME Fórum, na sede da Editora Abril, em São Paulo, Cabral defendeu a participação da iniciativa privada nos projetos por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) ou concessões.
“Eu não vivo essa falsa dicotomia: ou o Estado absoluto ou laissez-faire, laissez passer. Acho que há espaço para os dois. O problema é como fazer, como gerir. É um doce problema do nosso crescimento, mas que pode virar um amargo problema.”
O governador salientou que chamar o Galeão de rodoviária é até uma injustiça, pois a rodoviária do Rio de Janeiro, sob concessão da iniciativa privada, é um "espetáculo”. “Convido os senhores a ir ao Rio de ônibus e visitar o local. É um shopping center, é a melhor rodoviária da América do Sul.”
Cabral disse que nunca foi lulista, mas encontrou no presidente um grande parceiro. A uma plateia de empresários, ressaltou que o combate à violência está gerando uma valorização do mercado imobiliário.
“Um apartamento em Ipanema, que valia 180 mil reais, hoje vale 700 mil. O bairro da Tijuca não via lançamentos de imóveis há 20 anos.”
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que também participou do EXAME Fórum, disse que, superado o problema de segurança pública, é hora de os empresários aproveitarem as oportunidades nas áreas de infraestrutura, energia, tecnologia e turismo.
O presidente do conselho e editor do Grupo Abril, Roberto Civita, destacou que o Rio de Janeiro é a bola da vez. “Não apenas por causa da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, mas também - e talvez principalmente - por causa da exploração do pré-sal e de todas as possibilidades que isso traz, reforçando a vocação do Rio de Janeiro como capital mundial do conhecimento da tecnologia de exploração do petróleo.”
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