Brasília e Belo Horizonte - Depois de quase 12 horas fechado para pousos e decolagens, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte reabriu hoje (7) no meio da manhã e está operando por instrumentos por causa das más condições de visibilidade, provocadas pelo mau tempo.

O aeroporto ficou fechado das 23h de ontem até as 9h46 deste domingo. A causa da interrupção na operação do terminal de Confins pode ter sido a manutenção do equipamento de aproximação precisa. O Comando da Aeronáutica confirmou que o aparelho estará inoperante do dia 4 a 15 de novembro, para manutenção. No entanto, a assessoria informou que mesmo com o equipamento funcionando, as baixas condições de visibilidade não permitiriam a operação de Confins no período.

Até as 12h, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) registrou 13 voos cancelados e 16 com atraso de mais de meia hora em Confins. Por causa do fechamento desde a noite de ontem, o saguão e a sala de embarque estão lotados e há muitos passageiros dormindo no chão.

Passageiros de um voo que sairia de Brasília ontem às 7h20 com chegada prevista para 8h15 em Belo Horizonte, só conseguiram desembarcar em Confins por volta de 16h, após uma escala em São Paulo e um sobrevoo de meia hora sobre o município de Varginha, aguardando condições de pouso.

“Aqui neste aeroporto, cai uma gota de chuva ele fecha”, disse um dos funcionários de solo de uma empresa aérea, que trabalha há três anos no terminal de Confins e preferiu não se identificar.

O painel de informações informa aos passageiros que os voos estão atrasados por “condições meteorológicas”. As companhias aéreas estão realocando passageiros em voos de outras empresas. A Infraero não descarta a possibilidade um novo fechamento do aeroporto durante a tarde.

O fechamento de Confins provocou atrasos e cancelamentos em outros terminais do país. Dos 883 voos programados até as 12h, a Infraero registra 44 cancelamentos e 108 com atrasos de mais de meia hora. De acordo com a Infraero, os atrasos devem se refletir durante a tarde, quando há previsão de mais voos, num “efeito cascata”.