Brasil

Aeronáutica desmente teoria do "sargento Marcondes"

Aeronáutica diz que não procede boato de que o piloto teria sido informado erroneamente pela torre de controle

Acidente: teoria na internet criou um personagem, "sargento Marcondes", que queria atrapalhar a Lava Jato (Twitter Aeroagora/Reprodução)

Acidente: teoria na internet criou um personagem, "sargento Marcondes", que queria atrapalhar a Lava Jato (Twitter Aeroagora/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 08h08.

Rio de Janeiro - A Aeronáutica, por meio de sua assessoria de imprensa, desmentiu neste domingo, 22, um boato sobre o desastre com o avião em que viajava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, segundo o qual o piloto, Osmar Rodrigues, foi orientado pela torre de controle localizada no Rio de forma equivocada, de modo que a aeronave caísse, matando o ministro.

O responsável pela suposta instrução equivocada seria uma pessoa identificada como "sargento Marcondes", que não existe, segundo a Aeronáutica.

O "alerta", que começa com a frase "a casa caiu!" e atribui a informação a "uma fonte anônima da Aeronáutica", que teria feito a comunicação ao Estado, está sendo compartilhado indiscriminadamente nas redes sociais, apesar do conteúdo fantasioso.

O objetivo do personagem Marcondes seria prejudicar o andamento da Operação Lava Jato, da qual Teori era relator.

"Com relação ao boato que circula nas redes sociais sobre a influência de um tal sargento Marcondes no acidente com a aeronave que transportava o ministro do STF Teori Zavascki e outros passageiros, no dia 19/01/2017, informamos que NÃO É VERDADE. Não existe militar com esse nome na equipe de serviço responsável por aquela área de controle, nem havia qualquer comunicação com o piloto da aeronave matrícula PR-SOM durante a aproximação para o pouso em Paraty, porque o aeródromo não possui órgão de controle de tráfego aéreo", diz nota oficial emitida pela Aeronáutica.

"Ressaltamos que todos os procedimentos realizados pelos órgãos de controle durante o voo estiveram de acordo com as legislações vigentes, inerentes aos serviços de controle de tráfego aéreo", afirma ainda a nota.

O Cockpit Voice Record (gravador de voz da cabine) do avião já está em Brasília, noCentro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), para ser analisado.

Lá podem estar conversas que o piloto teve com a torre de comando do aeroporto de Congonhas, registradas enquanto o avião estava ainda em São Paulo, e, já em Paraty, área não controlada, e comunicações com pilotos de outras aeronaves que estivessem voando pela região, em que o piloto pode ter relatado a baixa visibilidade.

O avião saiu com Teori e outras três pessoas - o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono da aeronave, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, a professora Maria Hilda Panas -, além do piloto, às 13h01 da quinta-feira, com destino a Paraty, e caiu no mar perto da Ilha Rosa, após meia hora de voo e a dois quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto da cidade do Sul Fluminense.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-aviaoAeronáuticaTeori Zavascki

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP