Representantes do sindicato dos aeronautas (SNA) se reúnem com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA): aeronautas também querem avanços sociais (Divulgação/Assessoria SNA)
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 17h15.
São Paulo – O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa pilotos, copilotos e comissários de voo, e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) voltam a se reunir amanhã (18) para discutir a proposta feita aos trabalhadores.
Na quinta-feira (19), em assembleia, os aeronautas avaliam o andamento das negociações e decidem se entram em greve no dia seguinte (20). No último dia 13, os trabalhadores decidiram aprovar um indicativo de greve.
De acordo com o SNA, a proposta das empresas áreas prevê reajuste do piso salarial em 7%, aumento de 5,6% dos salários até R$ 10 mil e, em valor fixo, elevação de R$ 560 dos salários acima de R$ 10 mil, além de aumento de 8% no vale-refeição. O reajuste proposto no valor do vale-alimentação e demais cláusulas econômicas é 5,60%.
A categoria pede 8% de reajuste nas cláusulas econômicas – a correção da inflação e mais 2,2%, a título da produtividade. Os aeronautas também querem avanços sociais, como aumento de folgas e a possibilidade de o tripulante se locomover em aeronaves de outras empresas.
O diretor do SNA, José Adriano Castanho, reforçou que os trabalhadores esperam alguma evolução durante as negociações para que a categoria não precise entrar em greve.
“Isso é ruim para o usuário, não queremos fazer, mas, diante da intransigência das empresas, fica difícil evitar. Entendemos que a época é ruim, mas a data-base das nossas negociações é agora.”
De acordo com Castanho, a principal reivindicação dos trabalhadores são as cláusulas sociais, e não a questão financeira.
“Não temos previdência privada e plano de saúde, queremos a organização das folgas, já que ficamos disponíveis 11 horas por dia para voar e, muitas vezes, voamos três horas e passamos o resto do tempo em quarto de hotel, sem sermos aproveitados e sendo privados da convivência com a família, sem receber pelas horas que ficamos em solo”, disse ele.