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Aéreas propõem reajuste salarial abaixo da inflação

Pela proposta das empresas, apenas funcionários com ganhos inferiores a R$ 852 terão aumento real


	Aviação: o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) já aprovou em assembleia na segunda-feira uma greve de pilotos e comissários para quinta-feira
 (Getty Images)

Aviação: o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) já aprovou em assembleia na segunda-feira uma greve de pilotos e comissários para quinta-feira (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 14h05.

São Paulo - A proposta de reajuste salarial das companhias aéreas não repõe a inflação para boa parte dos trabalhadores. A tabela oferecida pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) prevê uma correção entre 1,5% e 6%, de acordo com a faixa salarial.

Pela proposta das empresas, apenas funcionários com ganhos inferiores a R$ 852 terão aumento real. O sindicato reagiu com ameaça de greve. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT), que representa aeronautas (pilotos e comissários) e aeroviários (equipe de solo) nas negociações com as empresas, pediu 11,4% de aumento.

"Estamos dispostos a negociar o valor do aumento real, mas não vamos aceitar uma proposta que não contemple a inflação", disse o presidente da Fentac, Celso Klafke.

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) já aprovou em assembleia na segunda-feira uma greve de pilotos e comissários para quinta-feira (13). A paralisação das atividades será entre 16h e 23h. "É uma greve de advertência", disse o secretário-geral do SNA, Sergio Dias.

Segundo Dias, a greve só não ocorrerá se as empresas apresentaram uma proposta melhor em reunião na tarde desta quarta-feira. As companhias, no entanto, tratam a proposta como final e já aplicaram esta correção nos pagamentos de dezembro e do 13º salário.

As empresas têm dito aos representantes dos trabalhadores que o atual cenário adverso para a aviação não permite reajustes mais expressivos. Os sindicatos dizem que estão cientes do aumento dos custos do setor aéreo, mas que há espaço para reajustes salariais.

"As empresas já demitiram e aumentaram a produtividade dos trabalhadores", disse Klafke. "A folha de pagamento pesa pouco nos custos do setor. Não é no salário que eles têm de economizar." 

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