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Aécio usa TV para tentar colar rótulo de petista em Marina

Programa do PSDB usou um esquema com as fotos dos três principais candidatos para mostrar semelhanças entre elas e diferenças com ele


	Aécio Neves (PSDB) durante uma carreta e caminhada na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais
 (Bruno Magalhães/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

Aécio Neves (PSDB) durante uma carreta e caminhada na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais (Bruno Magalhães/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 20h59.

São Paulo - O programa de Aécio Neves (PSDB) na TV nesta quinta-feira buscou colar em Marina Silva (PSB) o rótulo de petista, usando um esquema com as fotos dos três principais postulantes ao Palácio do Planalto --Aécio, Marina e a presidente Dilma Rousseff (PT)-- para mostrar semelhanças entre elas e diferenças com ele.

"Essa eleição tem três principais candidatos: Aécio, Dilma e Marina", disse um locutor, enquanto a foto dos três era mostrada.

"Marina foi ministra do governo junto com a Dilma. Enquanto isso, Aécio era oposição e defendia a mudança", prosseguiu o locutor enquanto as palavras "Ministra do PT" apareciam embaixo das fotos de Dilma e Marina, ao mesmo tempo que a palavra "Mudança" era mostrada embaixo da fotografia de Aécio.

O programa prossegue, lembrando que Dilma e Marina seguiram no governo petista durante o mensalão. Depois mostra que Marina saiu do PT, segundo o programa, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu Dilma como candidata do partido em 2010, e foi presidenciável do PV naquele ano.

Na sequência mostra que Marina tentou criar um partido, a Rede Sustentabilidade, mas como não conseguiu acabou se filiando ao PSB, "um partido que apoiou o governo do PT até alguns meses atrás".

Em cada momento, ao lembrar a trajetória das duas adversárias do tucano, o locutor batia na tecla "enquanto isso, Aécio era oposição e defendia a mudança", sempre com a palavra "mudança" embaixo da foto do candidato.

Mais cedo, o primeiro programa desta quinta-feira na TV da coligação encabeçada pelo PSDB já insistia na estratégia de lembrar o passado petista da candidata do PSB ao apontar "muitas coisas em comum" entre Dilma e Marina, que disputam a liderança na preferência do eleitorado, segundo as pesquisas, enquanto o tucano ocupa uma distante terceira posição.

"Marina e Dilma foram contra o Plano Real, que acabou com a inflação no Brasil. Marina e Dilma foram contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe os governantes de gastarem mais do que arrecadam. Marina e Dilma, durante o escândalo do mensalão, estavam juntas no governo do PT, e lá ficaram", disse a propaganda tucana, mostrando fotos separadas das duas adversárias lado a lado.

Marina foi ministra do Meio Ambiente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 2003 a 2008. Antes, foi senadora pelo PT e acompanhou as posições do partido contrárias ao Plano Real.

"Com tantas coisas em comum, difícil imaginar um governo diferente com qualquer uma delas. Quer mudar de verdade? Aécio Presidente."

Pingue-Pongue

Em seu programa eleitoral, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, rebateu os ataques que tem sofrido da campanha à reeleição de Dilma Rousseff e optou por um "pingue-pongue" com eleitores para responder às críticas.

O programa da candidata do PSB começou lembrando os ataques que ela tem sofrido da presidente e disse que, apesar disso, o diálogo de Marina "é com o povo".

A partir daí, eleitores apareceram questionando a candidata sobre seus projetos para a exploração do petróleo na camada pré-sal, a autonomia do Banco Central, educação e de onde virão os recursos para cumprir promessas de campanha.

"A autonomia do Banco Central é para nomear técnicos competentes, definir as metas que eles devem alcançar e garantir que eles trabalhem sem a interferência daqueles políticos que só estão preocupados com as próximas eleições", disse Marina.

A campanha de Dilma tem atacado a proposta marineira de institucionalizar a autonomia do BC, afirmando que ela resultaria em entregar para banqueiros decisões sobre juros, preços, salários e empregos.

Marina ainda não definiu em seu programa de governo qual será o modelo de autonomia do Banco Central que vai propor ao Congresso, mas em países como os Estados Unidos, que adotam a independência da autoridade monetária, os diretores têm mandato e além de controlar a inflação têm também meta de nível de emprego.

O programa de governo de Marina, apresentado no fim do mês passado, fala em "regras definidas, acordadas em lei, estabelecendo mandato fixo para presidente, normas para sua nomeação e de diretores, regras de destituição de membros da diretoria, entre outras deliberações".

No horário eleitoral, Marina também disse que os recursos do pré-sal serão usados na saúde e na educação e, ao ser indagada como financiará suas promessas de campanha, questiona o que poderia ser feito com os 500 bilhões de reais que, segundo ela, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), "deu para meia dúzia de empresários falidos".

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