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Aécio propõe mudanças na política externa

O candidato tucano afirmou que seu compromisso será pelo realinhamento da política externa com a agenda comercial "e não ideológica"


	Aécio: "o Brasil ainda é uma economia fechada", comentou
 (José Cruz/Agência Brasil)

Aécio: "o Brasil ainda é uma economia fechada", comentou (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 14h08.

Brasília - Após sua apresentação a empresários presentes no evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 30, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, teve de responder questionamento sobre o que pretende fazer para melhorar a situação do comércio internacional do Brasil.

O candidato tucano afirmou que seu compromisso será pelo realinhamento da política externa com a agenda comercial "e não ideológica".

O tucano disse que será ágil caso ganhe as eleições "na busca do tempo perdido" com as negociações comerciais. "O Brasil ainda é uma economia fechada", comentou Aécio.

O candidato afirmou ainda que é essencial estimular a internacionalização das empresas brasileiras, enfrentando a bitributação. E aproveitou para dizer que não cabe "a governo nenhum estabelecer taxa de retorno para quem queira investir", mas apenas reconhecer o potencial de investimento. "Cabe ao governo estimular investimento com regras claras e sem o nefasto intervencionismo."

Vinculação ideológica

Aécio também criticou a condução do atual governo na área de relações externas. Para o tucano, o comercio com outros países vem "sofrendo pelas amarras da vinculação ideológica". "O Brasil vem perdendo oportunidade de avançar no entendimento com a União Europeia", considerou.

O tucano defendeu a transição de Mercosul de união aduaneira para área de livre comércio: "O Mercosul hoje vem nos amarrando", afirmou.

Sem dar detalhes, Aécio também ressaltou por vários momentos que é necessário criar "um arcabouço" para que se avance "em novo ambiente de negócios".

"Estabilidade macroeconômica precisa ser resgatada no Brasil para que tenhamos ambiente de tranquilidade. É absolutamente essencial que governo busque isonomia maior entre setores da economia", disse.

Uma das principais bandeiras do governo de Fernando Henrique Cardoso, o fortalecimento das agências reguladoras, também foi alvo de defesa do candidato. "O resgate das agências reguladoras parece urgente e possível de ser enfrentada nos primeiros dias de governo."

Medidas impopulares

Citando o episódio em que foi criticado pelo PT por propor "medidas impopulares", o candidato do PSDB afirmou que foi o governo dos petistas que adotou medidas impopulares.

"Essas políticas levaram ao crescimento pífio da economia e o recrudescimento da inflação que vem punindo os que menos têm", declarou Aécio.

O tucano disse que, caso eleito, não lhe faltará coragem política desde o início do seu governo para propor mudanças. Dentre as medidas citadas por Aécio está a simplificação do sistema tributário e a compensação de créditos de forma ampla.

O candidato disse, no entanto, que só haverá espaço fiscal para reduzir a carga tributária no Brasil caso haja um "controle efetivo e claro do crescimento de gastos correntes do governo". Segundo ele, na gestão da presidente Dilma Rousseff não há controle desses gastos e é necessário equilibrar esse índice com o do crescimento da economia.

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