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Aécio Neves diz que Brasil "não aceita mais tanta corrupção"

Ele participou de um protesto realizado em Belo Horizonte


	Aécio Neves, presidente do Partido da Social Democracia Brasileira
 (Washington Alves/Reuters)

Aécio Neves, presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (Washington Alves/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2015 às 14h01.

Brasília - O ex-candidato Aécio Neves se uniu às manifestações contra o governo Dilma Rousseff que estão ocorrendo neste domingo em todo Brasil e garantiu que a população "não aceita mais tanta impunidade, tanta mentira e tanta corrupção".

Aécio, presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), participou de um protesto realizado em Belo Horizonte, no qual participaram cerca de 7 mil pessoas.

Esta é o terceiro dia de protestos realizados neste ano e todos foram convocados por grupos da oposição alheios à política atual do governo.

Os manifestantes protestaram pelos escândalos de corrupção na Petrobras, de onde foram desviados, segundo números da própria empresa, cerca de US$ 2 bilhões na última década, e pela delicada situação da economia, que neste ano terá uma contração de 1,5%, segundo as projeções do governo.

"Quem vai tirar o país desta crise é o povo, expressando seu mal-estar como faz hoje", declarou Aécio, que considerou estas manifestações como um "despertar dos brasileiros".

"Os tribunais de contas e eleitorais têm que funcionar, assim como o Ministério Público (com a investigação na Petrobras), porque só assim teremos uma democracia sólida, na qual todos deverão cumprir com as leis, inclusive o Presidente da República. O Brasil não aceita mais tanta corrupção", declarou Aécio, que foi aclamado pelos manifestantes.

O líder social-democrata, que disse participar do protesto "como cidadão, não como político", foi derrotado por Dilma no segundo turno das eleições de outubro por apenas três pontos percentuais.

Pelos escândalos na Petrobras, que são um dos principais motivos das manifestações de hoje, foram detidos dezenas de empresários e políticos, incluídos reconhecidos líderes do Partido dos Trabalhadores (PT).

Segundo cálculos preliminares da Polícia, dezenas de milhares de pessoas se mobilizaram hoje em mais de 100 cidades de pelo menos dez dos 27 estados do país.

A maioria dos manifestantes foi vestida com as cores verde e amarelo da bandeira nacional e muitos exibiram cartazes nos quais se lia "Fora Dilma" e "Impeachment".

Em resposta aos protestos de hoje, o PT convocou diversos atos "em defesa da democracia" e "contra o golpe" em todo o país para a próxima quinta-feira.

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