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Aécio Neves diz que Brasil deve livrar o Mercosul de amarras

Senador declarou que, caso seja ratificada sua candidatura à presidência pelo PSDB, uma de suas prioridades em política será "pedir uma revisão do Mercosul


	Aécio Neves: "Não se trata de sair do Mercosul, mas de pedir flexibilidade, pois não se pode ser refém de ideologias", afirmou senador
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Aécio Neves: "Não se trata de sair do Mercosul, mas de pedir flexibilidade, pois não se pode ser refém de ideologias", afirmou senador (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 16h52.

Brasília- O senador Aécio Neves, possível candidato presidencial para as eleições de 2014, disse nesta quarta-feira que o Brasil deve "livrar o Mercosul de amarras ideológicas" e "flexibilizá-lo" para avançar rumo a acordos comerciais com outros blocos.

"Não se trata de sair do Mercosul, mas de pedir flexibilidade, pois não se pode ser refém de ideologias, quando a oportunidade de conseguir acordos comerciais está passando", declarou Aécio em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros.

O senador assegurou que "o Brasil está em uma encruzilhada externa", pois "deu prioridade à ideologia" em suas relações com outros países e blocos, e ficou "amarrado a um Mercosul" que, nos últimos anos, "só assinou acordos com Egito, Israel e Palestina".

Segundo o líder do PSDB, o acordo que se negocia há mais de uma década entre a União Europeia (UE) e o Mercosul é "extremamente estratégico para o Brasil", mas se mantém estagnado pelas posições "ideológicas" de alguns países-membros, entre os quais citou a Argentina.

Segundo Aécio, enquanto essa estagnação se mantém, a Aliança do Pacífico, integrada por Chile, Colômbia, México e Peru, "está voando" e se transforma em um "exemplo de livre-comércio" que deve "servir de inspiração".

O senador declarou que, caso seja ratificada sua candidatura à presidência pelo PSDB, uma de suas prioridades em política externa será "pedir uma revisão do Mercosul, pois assim como está impede que se avance rumo a acordos comerciais".

Sobre um possível acordo com a UE, assegurou que o Mercosul deve "outorgar-lhe a máxima prioridade", pois, se não for assinado, o Brasil e os outros países do bloco "sofrerão consequências extremamente graves". 

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