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Aécio Neves dirigia carro de rádio da qual é sócio

Político estava no veículo da Rádio Arco-Íris Ltda. quando teve a habilitação apreendida, no último final de semana

Concedida no governo José Sarney, a rádio existe desde 1987. A assessoria de Aécio Neves confirmou as informações (Nélio Rodrigues/Agência Primeiro Plano)

Concedida no governo José Sarney, a rádio existe desde 1987. A assessoria de Aécio Neves confirmou as informações (Nélio Rodrigues/Agência Primeiro Plano)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 14h36.

São Paulo - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é sócio da Rádio Arco-Íris Ltda., dona do veículo Land Rover que ele dirigia no Rio de Janeiro ao ser parado por uma blitz da polícia na madrugada de domingo. Na ocasião, Aécio foi multado em R$ 957,70 por se recusar a fazer o teste do bafômetro e em R$ 191,54 por estar com a carteira de habilitação vencida. O documento foi apreendido.

A assessoria do senador confirmou que ele entrou na sociedade da rádio, dirigida por sua irmã Andrea, em dezembro de 2010, dois meses depois de ser eleito senador. Segundo a assessoria, a mãe de Aécio, Inês Maria, que já era sócia de Andrea na rádio, comprou cotas dela e as repassou ao filho. Ele seria sócio minoritário da Arco-Íris, que detém uma franquia da Rádio Jovem Pan FM em Belo Horizonte. O Land Rover usado no Rio foi comprado por R$ 340 mil em novembro do ano passado em nome da empresa.

Concedida no governo José Sarney, a rádio existe desde 1987, quando recebeu a outorga do Ministério das Comunicações. A emissora está registrada com capital social de R$ 200 mil e, em 2010, faturou R$ 5,061 milhões.

Por assessores, Andrea afirmou que o senador não possui carro próprio e o veículo da rádio é utilizado por ela e pela família no Rio e em Belo Horizonte. Em resposta a questionamentos da reportagem, a irmã de Aécio informou que a nota fiscal de compra do veículo se encontra à disposição.

Preocupação

O estilo "bon vivant" do senador Aécio Neves preocupa líderes da oposição que temem o impacto de eventuais deslizes no potencial político do mineiro, apontado como uma das apostas para suceder a presidente Dilma Rousseff. Em conversas reservadas, aliados consideraram um "vacilo" do senador dirigir com a habilitação vencida. A avaliação é que um político com as pretensões de se candidatar à Presidência precisa ser mais cuidadoso. Para os aliados, os três anos que faltam para as eleições serão tempo suficiente para o senador abandonar o "jeito zona sul".

Correligionários do tucano disseram ontem que esperam que ele "aprenda a lição" e que não cometa mais esse tipo de erro. Confiam ainda que ele adote um estilo de vida mais discreto e sem se envolver em episódios polêmicos e escandalosos, ficando afastado de festas e noitadas. Publicamente, tucanos, democratas e até governistas saíram em defesa de Aécio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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