Brasil

Aécio lamenta que Dilma menospreze escândalo de corrupção

Tucano disse que "estarrecedor" é a presidente se indignar com a divulgação do escândalo e não com o conteúdo das denúncias


	Aécio Neves: primeiras pesquisas de intenção de voto mostraram empate técnico entre ele e Dilma
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Aécio Neves: primeiras pesquisas de intenção de voto mostraram empate técnico entre ele e Dilma (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 20h21.

Rio de Janeiro - Aécio Neves (PSDB) lamentou nesta sexta-feira o que chamou de menosprezo da presidente Dilma Rousseff (PT), sua adversária no segundo turno das eleições presidenciais em 26 de outubro, ao escândalo de corrupção na Petrobras que atingiu o governo em plena campanha eleitoral.

O candidato tucano deu entrevista coletiva no Rio de Janeiro hoje, onde criticou declarações feitas hoje por Dilma, que classificou de estarrecedor o vazamento do depoimento de Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef em meio a campanha eleitoral.

A presidente afirmou que considera "incorreto divulgar parcialmente o conteúdo dos depoimentos em plena campanha".

Aécio, por sua vez, disse que "estarrecedor" é a presidente se indignar com a divulgação do escândalo e não com o conteúdo das denúncias.

"Nesta sexta-feira ficou muito clara a diferença de posição entre a candidata e a presidente, que se diz estarrecida com a divulgação do escândalo. Considero estarrecedor o conteúdo das acusações, que revela crimes cometidos de forma contínua nos últimos 12 (de governo do governista Partido dos Trabalhadores)", afirmou o candidato tucano.

Ele afirmou que "assaltaram a maior empresa brasileira nas barbas do governo sem que ninguém no (próprio) governo reaja. Estamos indignados com o que aconteceu e não vemos uma reação nem de indignação da presidente".

Vários meios de comunicação divulgaram na quinta-feira parte do depoimento de Paulo Roberto e Youssef, que fizeram um acordo de delação premiada para revelar os mecanismos de corrupção dentro da Petrobras, que incluía o pagamento de propina para partidos e líderes políticos.

Segundo a declaração, 3% do orçamento dos contratos da Petrobras era desviado para partidos públicos. Os dois citaram nominalmente o PT, o PP e o PMDB.

Dilma, em uma tentativa de minimizar o escândalo, disse que em todas as campanhas eleitorais surgem denúncias de corrupção "que depois não se confirmam" e questionou o vazamento à imprensa de "parte dos testemunhos", exatamente os que citam pessoas do alto escalão do PT.

No primeiro turno das eleições presidenciais, no domingo, Dilma teve 41,59% dos votos e Aécio 33,55%.

As primeiras pesquisas de intenção de voto, divulgadas ontem, mostraram um empate técnico entre os dois, com 2% de vantagem para o senador tucano.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilPolíticaEleiçõesaecio-nevesEleições 2014

Mais de Brasil

Oficial de Justiça tenta notificar Eduardo Bolsonaro, mas é informado que ele está nos EUA

Relator apresenta parecer pela rejeição da PEC da Blindagem em comissão do Senado

Governo de SP vai usar detentos do semiaberto para limpeza de ruas após fortes chuvas e vendaval

Governo dos EUA afirma que dois milhões de imigrantes ilegais já deixaram o país