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Aécio e Patrus trocam farpas sobre aliança em MG

Após reunião do grupo Articulação, no fim de fevereiro, Patrus afirmou ser a favor do apoio ao candidato do PSB

Aécio: "Para usar uma expressão da presidente, o malfeito para este governo só é malfeito quando vira escândalo. Até lá, é bem-feito" (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano)

Aécio: "Para usar uma expressão da presidente, o malfeito para este governo só é malfeito quando vira escândalo. Até lá, é bem-feito" (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 14h41.

São Paulo - As eleições municipais em Belo Horizonte levaram o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-ministro Patrus Ananias (PT-MG) a uma troca de farpas por causa do apoio à reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB).

Para o tucano, Patrus paga um "pedágio interno" por mudar de opinião e concordar em apoiar o socialista após rejeitar a aliança orquestrada por Aécio e pelo então prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), para a primeira eleição de Lacerda, em 2008.

Após reunião do grupo Articulação, no fim de fevereiro, Patrus afirmou ser a favor do apoio ao candidato do PSB, mas que vai "trabalhar contra a aliança formal com o PSDB" por causa de "divergências históricas, profundas e de projetos de sociedade". Disse ainda que não divide palanque com Aécio por causa de "diferenças profundas" e porque nunca o viu "subindo as periferias, conversando com os pobres, realmente privilegiando as políticas públicas sociais".

"Nossos palanques são diferentes sim. O palanque do ex-ministro tem sido o palanque do ex-governador Newton Cardoso, do candidato Hélio Costa nas últimas eleições.

Compreendo as declarações do Patrus, porque no momento em que ele muda de posição de forma tão vigorosa, de alguma forma paga um pedágio interno", declarou Aécio, em reunião hoje (5) com partidos aliados ao governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB).


O senador ainda alfinetou o petista dizendo que ele é bem vindo na aliança em torno de Lacerda por causa da história que o ex-ministro e ex-prefeito tem na capital, mas que deve ter "desprendimento" e "a humildade daqueles que se equivocaram no passado". "E a sucessão de equívocos tem sido uma marca das últimas decisões do ex-ministro Patrus", disse.

Embate

Para esquentar ainda mais o clima bélico entre PT e PSDB nas eleições municipais em Minas, representantes de oito partidos da base de Anastasia decidiram que a prioridade no pleito são alianças para conquistar 13 das principais cidades do interior do Estado que atualmente são comandadas por petistas: Alfenas, Betim, Contagem, Caratinga, Coronel Fabriciano, Varginha, Teófilo Otoni, Ubá, Formiga, Governador Valadares, Itaúna, Nova Lima e Pouso Alegre.

Entre as legendas representadas no encontro realizado na sede do PSDB mineiro estavam partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff, como PV, PTB, PR e PP, além de integrantes do DEM, PPS e PSD. O PDT também foi convidado a participar da reunião, mas ninguém da legenda compareceu.

O encontro serviu para definir estratégias eleitorais nos 50 maiores municípios do interior de Minas, mas o coordenador do grupo, o governador em exercício e presidente do PP mineiro, Alberto Pinto Coelho, confirmou que "o esforço maior será em cidades administradas pelo PT". Além dos 13 municípios que têm prefeitos petistas, os partidos também articulam alianças em Uberlândia, Ipatinga e Ribeirão das Neves, onde já estão confirmadas candidaturas de correligionários de Patrus. "Temos uma expectativa muito positiva de vitória em várias cidades hoje administradas pelo PT, seja na reunião metropolitana, seja na região leste do Estado. Há um conjunto de cidades onde a força dessa aliança pode nos trazer perspectivas fortes de vitória", avaliou Aécio.

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