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Aécio e agenda serão os desafios de Alckmin, diz especialista

Bolívar Lamounie, especialista ligado ao PSDB, afirmou que o tucano terá de mostrar que o PSDB tem, sim, uma agenda bem definida para o País

Geraldo Alckmin: tucano terá grandes desafios para se viabilizar como um candidato competitivo à Presidência da República (Gilberto Marques / Governo do Estado de SP/Divulgação)

Geraldo Alckmin: tucano terá grandes desafios para se viabilizar como um candidato competitivo à Presidência da República (Gilberto Marques / Governo do Estado de SP/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 11h30.

São Paulo - O cientista político Bolívar Lamounier, ligado ao PSDB, afirmou nesta segunda-feira, 4, que o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), caso se confirme como próximo presidente do partido, terá dois grandes desafios para se viabilizar como um candidato competitivo à Presidência da República.

O primeiro é tomar uma decisão definitiva sobre a situação do senador Aécio Neves (MG) e o segundo é enfrentar a crítica de que os tucanos não têm uma agenda programática.

"Alckmin não pode ignorar o Aécio como um fator de corrosão dentro do partido", disse o cientista político, em seminário organizado pela Amcham nesta segunda-feira, sobre perspectivas políticas para o Brasil em 2018. "Ou defende ou tira", sugeriu Lamounier.

Ele declarou ainda que Alckmin terá de mostrar que o PSDB tem, sim, uma agenda bem definida para o País. "O PT roubou a agenda do PSDB e o PSDB nem deu queixa na delegacia", brincou o cientista político.

"Eu e um grupo de pessoas do PSDB apresentamos uma tentativa de proposta de agenda ampla, mas isso estranhamos desapareceu", lamentou.

Lamounier também comentou a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser preso antes da eleição. Segundo ele, se a prisão ocorrer no primeiro trimestre, haverá protestos de seus eleitores, mas isso tende a se perder até chegar o período de campanha.

No entanto, se o petista for preso em uma data próxima da eleição, isso "poderia ter o efeito de Perón no exílio, que influenciava decisivamente a eleição na Argentina".

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