Aécio Neves: ao final de seu discurso, o senador afirmou que foram os "brasileiros que, nas ruas, disseram que esse governo não tinha mais credibilidade para governar" (Flickr/Senado)
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2016 às 20h37.
Brasília - A fala do senador Aécio Neves (PSDB-MG) rebateu as críticas dos senadores oposicionistas e da presidente Dilma Rousseff ontem. Ele ressaltou que a oposição não é responsável pelo crime cometido. "A presidente da República acusa a oposição como fator desestabilizador do seu governo", afirmou.
Em referência ao governo do presidente em exercício, Michel Temer, Aécio afirmou que o Brasil precisa de um conjunto de reformas estruturantes que demandarão coragem, ousadia e determinação do próximo governo.
"Estaremos ao seu lado para construir um tempo de esperança e confiança. O que vai ficar de tudo isso é um país com esperança e que volta a acreditar no seu futuro", garantiu Aécio.
O senador citou indicadores econômicos para falar que a maior consequência das ações da presidente afastada é a crise econômica. "Existe uma consequência muito mais perversa e danosa, a consequência desses atos ilegais é a perda de credibilidade do País", disse.
O senador que concorreu junto com Dilma à presidência nas últimas eleições ressaltou ainda que o papel dos senadores num dia como hoje é serem juízes dessa causa. "Nada superará a verdade, nada falará mais alto que os autos que estamos julgando", disse.
Ao falar dos crimes pelos quais a presidente está sendo julgada, Aécio disse que a Constituição precisa ser alterada, pois não permite que um governante seja acusado por crimes em mandatos anteriores.
Ao final de seu discurso, o senador afirmou que foram os "brasileiros que, nas ruas, disseram que esse governo não tinha mais credibilidade para governar".
No início do seu discurso, o senador elogiou a conduta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. O presidente assistiu aos elogios atentamente. "Me sinto honrado em poder ter participado dessa sessão sob a presidência de vossa excelência", afirmou.