Brasil

Aécio diz que irá rever decisões recentes de Dilma

Candidato tucano criticou decisões "açodadas e equivocadas" quem vêm sendo tomadas pela presidente


	O pré-candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves
 (George Gianni/Divulgação)

O pré-candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves (George Gianni/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2014 às 19h04.

Rio de Janeiro - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou decisões "açodadas e equivocadas" quem vêm sendo tomadas pela presidente Dilma Rousseff, como a antecipação do óleo excedente da cessão onerosa para a Petrobras, e prometeu revisá-las em um eventual governo tucano.

“Vamos discutir a luz do dia, e não nas madrugadas insones do governo, medidas que sejam mais eficazes para o país e a própria Petrobras”, disse ele a jornalistas no Rio de Janeiro.

No fim do mês passado, o governo federal decidiu contratar diretamente a Petrobras para explorar o óleo excedente em quatro áreas da chamada cessão onerosa, no pré-sal, o que deve garantir à estatal reservas adicionais entre 10 bilhões e 15 bilhões de barris.

A Petrobras terá que desembolsar 15 bilhões de reais em bônus e antecipações para explorar as áreas, o que levou o mercado a criticar a decisão.

O tucano acrescentou que o governo petista tem sido marcado nesse último ano de mandato de Dilma por “improvisos” e “sem avaliação racional” de suas consequências.

“Algumas delas inclusive em relação a Petrobras. Vamos ter calma para avaliar cada uma delas.”

O candidato do PSDB recebeu do coordenador do programa de governo, o ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia, as diretrizes do programa tucano. “Nas nossas diretrizes vocês poderão ver alguma coisa sobre Petrobras também”, destacou ele sem entrar em detalhes.

O documento será protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo sábado.

As diretrizes visam, segundo Anastasia, melhorar o bem estar social da população e incluiu a realização de reformas, como tributária, segurança pública, política e de infraestrutura.

Segundo o PSDB, as diretrizes não são imutáveis e haverá um canal para que a sociedade possa fazer propostas e sugestões.

Datafolha

O candidato do PSDB minimizou o avanço da presidente Dilma Rousseff na pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta quinta-feira.

No levantamento realizado nesta semana, Dilma foi a 38 por cento das intenções de voto, 4 pontos percentuais a mais do que um mês atrás, enquanto Aécio oscilou 1 ponto para cima, a 20 por cento.

Em terceiro lugar na pesquisa aparece Eduardo Campos, candidato do PSB, que passou para 9 por cento, ante os 7 por cento de junho, variando exatamente os 2 pontos percentuais da margem de erro da pesquisa.

O levantamento também mostrou leve piora na margem pela qual Dilma venceria seus adversários num eventual segundo turno.

Em junho, ela bateria Aécio por 46 a 38 por cento, agora por 46 a 39 por cento. Contra Eduardo Campos (PSB) ela venceria por 48 a 35 por cento, ante 47 a 32 por cento no mês passando. 

“Não vejo avanço dela e o que se vê é um estreitamento da diferença no segundo turno, mesmo ela tendo mais conhecimento que a oposição”, afirmou ele.

"O resultado foi extremamente favorável, especialmente no aspecto que houve diminuição dos votos brancos e nulos, e assegura a realização do segundo turno”, disse o tucano.

O desempenho de Dilma pode estar ligado a uma melhora no humor da população com a Copa do Mundo, também detectada pelo Datafolha.

O candidato tucano insistiu que uma eventual conquista da Copa do Mundo pela seleção brasileira não afetará o humor e as intenções de voto do eleitorado.

“Não muda absolutamente nada. Vamos torcer para que o Brasil vença a Copa e para que o Brasil possa vencer em 5 de outubro com o fim desse governo que faz tão mal ao país”, adicionou.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesCapitalização da PetrobrasDilma RousseffEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoOposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDBPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

STF pode rediscutir compensação da desoneração da folha, diz Haddad

Lula confirma Pedro Lucas como novo ministro das Comunicações após indicação do União Brasil

Revisão da vida toda do INSS: aposentados que receberam a mais não precisarão devolver valores

Haddad: Fazenda ainda não estuda ampliação de isenção de conta de luz