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Aécio diz que Dilma privilegiou marketing ao cancelar ida

Dilma anunciou hoje sua decisão de adiar a visita a Washington prevista para o dia 23 de outubro em resposta às denúncias de espionagem da NSA


	Aércio Neves: "Era a oportunidade de a presidente ter uma agenda afirmativa em defesa dos interesses do país. Ela opta, mais uma vez por privilegiar o marketing"
 (Pedro França/Agência Senado)

Aércio Neves: "Era a oportunidade de a presidente ter uma agenda afirmativa em defesa dos interesses do país. Ela opta, mais uma vez por privilegiar o marketing" (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 21h34.

Rio de Janeiro - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), qualificou como uma "jogada de marketing" a decisão da presidente Dilma Rousseff de adiar a visita de Estado que faria aos Estados Unidos em outubro pela suposta espionagem americano da qual foi vítima.

"Era a oportunidade de a presidente ter uma agenda afirmativa em defesa dos interesses do país. Ela opta, mais uma vez por privilegiar o marketing", criticou Aécio, candidato mais provável do PSDB às eleições de outubro do ano que vem, nas quais Dilma deverá tentar um novo mandato de quatro anos.

"Todos nós já demonstramos a nossa indignação em relação à espionagem. Ela é inadmissível. Mas seria muito mais adequado que a presidente dissesse isso objetiva e claramente ao presidente americano e aproveitasse esta viagem não apenas para enfrentar esta questão, mas para defender os interesses da economia e até mesmo de determinadas empresas brasileiras", acrescentou.

Dilma anunciou hoje sua decisão de adiar a visita a Washington prevista para o dia 23 de outubro em resposta às denúncias que foi vítima da espionagem da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, na sigla em inglês).

A decisão foi anunciada em uma nota oficial que explica que foi tomada de comum acordo com o presidente dos EUA, Barack Obama, e que diz claramente que se deveu à espionagem sobre Dilma, empresas e cidadãos brasileiros.

No entanto, na opinião de Aécio, "a decisão foi tomada não em reunião com o ministro das Relações Exteriores - ele me parece ter sido comunicado -, mas em reunião com aqueles que formulam a estratégia eleitoral da presidente".

Outros líderes opositores repetiram o mesmo discurso. "Apoiamos uma reação forte de repúdio à espionagem, mas no contexto em que foi tomada a decisão ficou claro que houve um conflito entre diplomacia e interesses eleitorais. O que se quer é mobilizar os sentimentos de patriotismo no Brasil para fins eleitorais", afirmou o senador Aloysio Nunes, também do PSDB.

Já para o senador Agripino Maia, líder do DEM, apesar de o Brasil necessitar dar uma resposta contra a espionagem que vulnera sua soberania, o que se nota é que a decisão teve claros motivos eleitoreiros.

"A presidente quer tirar proveito desse episódio faltando um ano das eleições", comentou por sua vez o senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB.

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