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Aécio diz que desagravo a Lula 'beirou o ridículo'

Aécio destacou também que as eleições municipais servem de referência para as eleições do Congresso Nacional

Aécio: "Para usar uma expressão da presidente, o malfeito para este governo só é malfeito quando vira escândalo. Até lá, é bem-feito" (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano)

Aécio: "Para usar uma expressão da presidente, o malfeito para este governo só é malfeito quando vira escândalo. Até lá, é bem-feito" (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 18h26.

Porto Alegre - O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) esteve nesta segunda em Porto Alegre, a convite da ex-governadora Yeda Crucius (PSDB), para gravar mensagens de apoio aos candidatos tucanos no Estado e aproveitou a ocasião para criticar duramente a recente nota divulgada pelo PT e alguns partidos da base aliada em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nota contém críticas à oposição, dizendo entre outras coisas que eles estão preocupados em fazer da ação penal 470 - escândalo do mensalão - um julgamento político no Supremo Tribunal Federal (STF). Sem citar o nome do dirigente nacional do PT (Rui Falcão), Aécio recomendou que ele tivesse mais serenidade e disse que a iniciativa "beirou o ridículo".

"O que é absolutamente ridículo foi a tentativa do presidente do PT (Rui Falcão) de soltar uma nota, inclusive constrangendo, pelas informações que temos, os aliados, contra uma eventual derrubada de um ex-presidente da República (Lula), algo novo que o PT inaugurou também na vida brasileira, como se houvesse a possibilidade de um golpe de Estado contra um ex-presidente", disse o senador tucano, continuando com as críticas: "Aquilo beirou o ridículo, algo absolutamente sem sentido. Era preciso que a autoridade do PT tivesse mais serenidade e pensasse no Brasil melhor que vamos ter após o julgamento (do mensalão)."


Na avaliação do senador tucano, "todas as acusações, todos os processos que estão sendo examinados devem ir a julgamento". E alfinetou: "Lamentavelmente, para o PT, o que nós assistimos é um volume muito expressivo de lideranças desse partido envolvidos em algo que o PT sempre negou." Questionado sobre as acusações sobre o chamado 'mensalão mineiro", Aécio disse: "Sobre essas acusações de Minas Gerais, tenho muito pouca informação sobre ela, mas quando chegar o momento, deve ser julgada também."

Ao falar do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, Aécio disse esperar que os culpados possam ser condenados, enquanto que os inocentes possam ser inocentados. Contudo, não acredita que o fato de o STF já ter feito algumas condenações (dentre elas o do petista João Paulo Cunha) seja a explicação para as dificuldades que o PT vem enfrentando na disputa municipal em algumas das mais importantes capitais do País (como Recife, Belo Horizonte e São Paulo). Na sua avaliação, o que está ocorrendo é um cansaço do modelo político atual.

Aécio destacou também que as eleições municipais servem de referência para as eleições do Congresso Nacional, mas não devem interferir nas eleições presidenciais diretamente. Ele destacou que 2013 será o ano de construção do projeto político da oposição para a disputa federal de 2014. E acredita que no resultado geral das eleições municipais deste ano, o PSDB deve ser o segundo partido que fará o maior número de prefeituras, atrás do PMDB.

Em Porto Alegre, o candidato do PSDB, Wambert Di Lorenzo, tem apenas 2% das intenções de votos, de acordo com a última pesquisa Ibope. Mesmo com a divisão política durante as prévias do partido, Nelson Marchezan Júnior, que pretendia concorrer ao executivo de Porto Alegre, participou do ato político.

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