EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
São Paulo - O candidato ao Senado pelo PSDB mineiro, Aécio Neves, afirmou neste sábado que a impunidade de possíveis envolvidos em irregularidades na Casa Civil é uma ameaça ao estado de direito. Segundo o ex-governador, as denúncias de tráfico de influência que levaram à queda da ex-ministra da Pasta, Erenice Guera, ex-assessora da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, vão "muito além da questão eleitoral" e não podem se restringir à saída de Erenice do ministério.
Em ato de campanha em Salinas, no norte de Minas, Aécio salientou que as denúncias de tráfico de influência no gabinete mais próximo à Presidência da República são extremamente graves e exigem apuração independente. "Essa questão vai muito além da questão eleitoral. Nós estamos falando de instituições, estamos falando de estado de direito, estamos falando de ética. É muito importante que este episódio não se limite ao afastamento da ministra, é importante que as apurações ocorram e, comprovadas as irregularidades, a punição seja exemplar. É isso que o País espera", ressaltou o tucano.
Acompanhado de seu apadrinhado político, o atual governador e candidato à reeleição, Antônio Anastasia (PSDB), Aécio também rebateu declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Juiz de Fora, na zona da mata mineira, ontem, mas evitou ataques diretos ao presidente e disse que ele foi "induzido ao erro".
Na ocasião, Lula participou de ato conjunto de campanha ao lado de Dilma e do candidato da base governista ao Executivo mineiro, Hélio Costa, e fez ataques à gestão tucana que está à frente de Minas Gerais há mais de sete anos. A postura do presidente foi a mesma adotada durante ato na região metropolitana de Belo Horizonte no último dia 8.
"Os aliados em Minas Gerais mais uma vez têm induzido o presidente a erros, a se manifestar sobre determinados assuntos de forma equivocada. Isso já aconteceu quando ele falou dos investimentos em saúde, números diferentes dos do próprio governo federal, do qual ele é presidente", lembrou Aécio.
"E mais uma vez ele foi levado ao novo erro, no momento em que ele fala que nós mudamos o nome do Programa Luz para Todos para Luz de Minas. Esse programa não existe", disparou o ex-governador. "A presença do presidente da República em Minas sempre é bem-vinda, como maior autoridade, maior magistrado na nação. Muitas vezes ele, quando vem a Minas, não o informam corretamente. Isso a gente lamenta", completou Anastasia.
Leia mais sobre escândalos
Acompanhe as notícias de Economia no Twitter