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Aécio critica Secretaria da Micro e Pequena Empresa

Possível presidenciável de 2014 atacou criação de mais uma pasta por parte do governo federal


	Aécio Neves: "No Brasil, reforma ministerial serve para aumentar os custos do governo
 (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Aécio Neves: "No Brasil, reforma ministerial serve para aumentar os custos do governo (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2013 às 10h32.

Belo Horizonte - O senador Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB na corrida presidencial de 2014, voltou à carga contra o governo federal e afirmou nesta sexta-feira (29) que a recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa servirá apenas para oferecer cargos à "paquidérmica base de sustentação do governo" e, com isso, "garantir alguns segundos a mais de propaganda eleitoral para a atual presidente".

O órgão, que tem status de ministério (o 39º da atual estrutura), teve a criação sancionada pela presidente Dilma Rousseff na quinta-feira (28), e deve ficar a cargo do PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.

Segundo Aécio, a atual administração federal "se entregou à lógica da reeleição". "Reformas ministeriais, em qualquer democracia mais avançada, pressupõe a melhoria da qualidade da prestação do serviço público e até mesmo o enxugamento da máquina. No Brasil, reforma ministerial serve para aumentar os custos do governo e garantir alguns segundos a mais de propaganda eleitoral para a atual presidente", disparou o tucano.

"Mais esse ministério, a meu ver, não resolverá o problema da pequena e micro empresa. Elas precisam de apoio, sim, mas precisam de verbas, de um BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que não privilegie apenas os grandes conglomerados", acrescentou.

Para o mineiro, o governo federal "quase saltou" 2013 e age como se já estivesse em período eleitoral. "O governo não foca as questões estruturantes. Prefere privilegiar a propaganda oficial. É um governo que optou pelo marketing", disse Aécio. As declarações foram dadas pouco antes de o senador participar da Procissão do Enterro em São João Del Rei, no Campo das Vertentes mineiro, seguindo tradição do avô Tancredo Neves, que por décadas carregou uma lanterna de prata no cortejo, função agora exercida pelo senador.

Mantendo a postura de valorizar a administração tucana no governo federal, Aécio ressaltou que "não é uma nova estrutura, alguns novos cargos em comissão, que vão resolver os problemas da pequena e da micro empresa". "Na verdade, o que houve de mais importante para a pequena e micro empresa foi o Simples, criado ainda no governo do presidente Fernando Henrique, e depois o Super Simples, criado por nós no Congresso Nacional. É uma demonstração de que não precisa ter uma estrutura e cargos no governo para garantir competitividade a esse segmento da economia brasileira", avaliou.

Antes de seguir para a procissão, Aécio também comentou sobre as disputas internas do PSDB e salientou que, independentemente de quem for o candidato presidencial tucano no ano que vem, a legenda precisa de unidade para ter "reais possibilidades de vitória". "Acredito que algo que é mais importante que nossas posições individuais ou diferenças que possamos ter é o interesse do Brasil, o interesse público, e todos nós temos espíritos públicos", afirmou, citando nominalmente o ex-governador José Serra, oponente do mineiro no partido.

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