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Advogados negociam liberdade de executivo da Mendes Júnior

A defesa de Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da empresa, propôs não fazer doações em dinheiro a partidos em troca da liberdade provisória, com restrições


	Agentes da Polícia Federal durante Operação Lava Jato: executivo foi preso na sétima fase da operação
 (Nacho Doce/Reuters)

Agentes da Polícia Federal durante Operação Lava Jato: executivo foi preso na sétima fase da operação (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 11h21.

Curitiba - A defesa de Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da empresa Mendes Júnior, preso na sétima fase da Operação Lava Jato da Polícia Federal, propôs hoje (21) à Justiça Federal o compromisso de não fazer doações em dinheiro a partidos políticos em troca da concessão de liberdade provisória com restrições.

No pedido encaminhado ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigações, o advogado Marcelo Leonardo afirma que o executivo colaborou com as investigações, respondeu todas as perguntas formuladas pelos delegados da Polícia Federal e ainda confirmou que pagou propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e ao doleiro Alberto Youssef.

A defesa argumenta ainda que Mendes também forneceu aos agentes da PF a senha do cofre instalado em sua casa no dia em que os mandados foram cumpridos.

Em troca da substituição de prisão preventiva, o vice-presidente se comprometeu a não participar, por meio da Mendes Júnior, de cartel para direcionar obras públicas; a fornecer os livros contábeis da empreiteira para os investigadores; não manter contato com outros investigados na operação; além de ficar em casa nos período noturno e nos dias de folga.

Sérgio Cunha Mendes está preso na Superintendência da PF em Curitiba. Em depoimento prestado à PF na terça-feira, Mendes relatou aos delegados da PF que foi obrigado a pagar propina de R$ 8 milhões ao doleiro Alberto Youssef.

Segundo ele, Youssef exigiu o pagamento da quantia para que a Mendes Júnior recebesse os valores a que tinha direito em contratos de serviços licitamente prestados e para continuar participando das licitações da Petrobras.

De acordo com a defesa, foram feitos quatro pagamentos seguidos, de julho a setembro de 2011.

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