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Advogados do mensalão estão com juiz de Execuções Penais

Segundo advogados, juiz deverá decidir nas próximas horas para onde condenados que foram presos desde fim da última semana serão encaminhados para cumprir penas


	José Dirceu: advogados de Dirceu e de Kátia Rabello estiveram na tarde desta segunda-feira, 18, com o juiz Ademar Silva de Vasconcelos
 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

José Dirceu: advogados de Dirceu e de Kátia Rabello estiveram na tarde desta segunda-feira, 18, com o juiz Ademar Silva de Vasconcelos (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 15h46.

Brasília - Os advogados de José Dirceu, José Luís de Oliveira; e de Kátia Rabello, José Carlos Dias, estiveram na tarde desta segunda-feira, 18, com o juiz Ademar Silva de Vasconcelos, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, responsável pela execução das penas dos condenados no processo do mensalão.

Segundo os advogados, Vasconcelos deverá decidir nas próximas horas para onde os condenados que foram presos desde o fim da última semana serão encaminhados para cumprir as penas.

Dirceu e Kátia Rabello estão entre as 12 pessoas que tiveram a prisão determinada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, por envolvimento com o mensalão.

Nos próximos dias, o presidente do Supremo deve determinar a prisão de outros sete condenados. Até agora, ele ordenou a prisão de 12 réus, dos quais 11 estão recolhidos em estabelecimentos prisionais em Brasília e um está foragido. A expectativa é de que até o fim da semana Joaquim Barbosa determine a prisão, no total, de 19 condenados.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu já afirmou que está sendo submetido a uma ilegalidade ao ser mantido preso em uma cela no complexo da Papuda, em Brasília, conforme informa a edição desta segunda do jornal O Estado de S. Paulo. O Supremo Tribunal Federal previu o cumprimento da pena, inicialmente, em regime semiaberto.

"Mesmo diante de uma decisão injusta, eu me submeti ao cumprimento da lei, mas não estão cumprindo a lei pra mim", afirmou o ex-ministro, conforme relato de seu advogado. Dirceu se entregou na sexta-feira, 15, e no sábado, 16, foi levado - junto com outros 11 condenados - para Brasília.

Nesta segunda o advogado de José Dirceu reforçou que seu cliente está em regime fechado, o que contraria decisão do STF, que havia imposto pena em regime semiaberto. A defesa de Kátia Rabello, por sua vez, pediu ao juiz Ademar Silva de Vasconcelos que autorize a transferência para Belo Horizonte, onde ela vivia com a família. Os advogados disseram que o juiz da Vara de Execuções Penais está demonstrando boa vontade e lembraram que ele terá de analisar um processo de 60 mil páginas com o qual não havia ainda tido ainda contato.

José Luís de Oliveira também visitou Dirceu no presídio da Papuda, no Distrito Federal. "Meu cliente se encontra sereno. Ele é sabedor da situação do sistema penitenciário. José Dirceu é um homem com força interior para enfrentar isso", declarou. Mas o advogado voltou a reclamar da situação do cliente, que está em regime fechado.

José Carlos Dias, por sua vez, esteve nesta tarde na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde Kátia Rabello está presa. Também está no local Simone Vasconcellos, outra condenada no processo do mensalão. O advogado reforçou que o juiz mostrou-se simpático à ideia de transferência de Kátia para Belo Horizonte, o que dependeria, ainda, da decisão do ministro Joaquim Barbosa, do STF.

José Carlos Dias avalia que Kátia deverá ser transferida, inicialmente, para outra unidade prisional de Brasília. O advogado, entretanto, desconsidera a possibilidade de a transferência de Kátia ocorrer ainda nesta segunda-feira. (Mariângela Gallucci, Leonencio Nossa, Débora Álvares e Débora Bergamasco)

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