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Escritório pagou Porchat com fraude na Rouanet, diz revista

Investigação da Polícia Federal aponta que Demarest Almeida contratou humorista para show em festa da empresa

Fábio Porchat: comemoração com show do humorista custou cerca de R$ 200 mil; ele não é investigado (Reprodução/YouTube)

Fábio Porchat: comemoração com show do humorista custou cerca de R$ 200 mil; ele não é investigado (Reprodução/YouTube)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2016 às 11h53.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 13h01.

São Paulo – O escritório de advocacia Demarest & Almeida pagou show do humorista Fábio Porchat, do grupo Porta dos Fundos, com dinheiro de fraude da Lei Rouanet, indica investigação da Polícia Federal na Operação Boca Livre. A informação é do site da revista Época.

O evento aconteceu em comemoração aos 68 anos do escritório de advocacia e teve deduzido do imposto de renda os R$ 200 mil que financiaram a festa, diz a revista.

Não há indícios de que o humorista soubesse da origem do financiamento, por isso não é investigado.

Em nota à revista, a assessoria do Demarest afirma que “o objetivo da visita da Polícia Federal foi a solicitação de documentos e informações relacionados a empresas de marketing de eventos que prestaram serviços ao escritório no âmbito da Lei Rouanet. Tais empresas são alvo da operação". A nota diz ainda que o escritório "não cometeu qualquer irregularidade" e colabora com a investigação.

A Operação Boca Livre da PF foi deflagrada para apurar fraudes na Lei Rouanet nesta terça-feira (28), em conjunto com a Controladoria-Geral da União. Foram 14 mandados de prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, todos expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal em São Paulo.

As investigações do grupo apuram financiamentos a eventos corporativos, shows com artistas famosos em festas privadas, livros institucionais e até uma festa de casamento custeados com recursos de natureza pública, obtidos por meio da lei de incentivo.

Além do escritório, a investigação cita empresas como Bellini Eventos Culturais, Scania e KPMG.

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