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Advogado suspeito de terrorismo trabalhou na Casa Civil

Alvo de uma ação deflagrada pela PF, o advogado Marcelo Bulhões dos Santos trabalhou como assessor da Casa Civil da Presidência


	Polícia Federal: apartamento de advogado foi vasculhado por suspeitas de terrorismo
 (Arquivo/Agência Brasil)

Polícia Federal: apartamento de advogado foi vasculhado por suspeitas de terrorismo (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2015 às 20h10.

Brasília - Alvo de uma ação deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 24, o advogado Marcelo Bulhões dos Santos trabalhou como assessor da Casa Civil da Presidência da República quando a presidente Dilma Rousseff era ministra da pasta.

No Facebook, ele postou foto ao lado de Dilma, com o comentário: "Época de trabalho na Casa Civil da Presidência da República... Saudades!"

Na manhã de hoje, homens do Grupo Antibomba da PF vasculharam o apartamento do advogado em Brasília. A ação, segundo investigadores, apurou suspeitas de terrorismo.

A corporação não informou quais indícios sobre Bulhões estão em apuração. O advogado foi intimado e terá de comparecer à PF para prestar depoimento.

O advogado é ex-servidor administrativo da PF e tem, segundo registros oficiais, passagens por outros órgãos públicos, como a Escola de Cadetes do Exército. Ele se desligou do serviço público e, desde 2010, atua como consultor jurídico. Em Brasília, presta serviços para a Embaixada de Omã e é engajado na defesa da comunidade muçulmana.

Durante as buscas nesta sexta-feira, a PF usou um cão farejador. Agentes deixaram o local levando computadores, mídias e papéis.

O terrorismo não é tipificado como crime no Brasil. Por isso, investigações a respeito colhem elementos sobre delitos acessórios a essa prática, como falsificação de documentos.

A PF não forneceu detalhes da ação. Em nota, informou que cumpriu mandado de busca e apreensão em investigação sobre falsificação de documentos. Além disso, explicou que o inquérito tramita em segredo de Justiça e que os atos praticados pelo investigado "não guardam relação direta com seu passado funcional ou, ainda, com suas atividades como servidor comissionado".

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