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Advogado de Padilha alega motivação política em denúncia

Além de Padilha e Temer, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) foi alvo da mesma denúncia, por organização criminosa

Temer e Padilha: votação da denúncia contra o presidente e o ministro acontece agora na Câmara (Adriano Machado/Reuters)

Temer e Padilha: votação da denúncia contra o presidente e o ministro acontece agora na Câmara (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de outubro de 2017 às 11h58.

Brasília - Advogado de defesa do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), Daniel Gerber investiu nesta quarta-feira, 25, no discurso de que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro e o presidente Michel Temer representa o uso político do Direito e a criminalização da política.

Além de Padilha e Temer, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) foi alvo da mesma denúncia, por organização criminosa.

"Estamos diante, sim, do uso político do direito", afirmou Gerber em discurso na tribuna da Câmara. De acordo com ele, a peça acusatória tem "equívocos" que viciaram o ponto de partida, entre eles, o discurso de que os parlamentares favoráveis a Temer estão tentando impedir a investigação.

"Não estamos impedindo investigação. Estamos impedindo que uma denúncia inepta vá em frente, por investigação mal feita", declarou o advogado.

Gerber voltou a afirmar que Padilha foi denunciado sem que, segundo ele, haja nenhuma referência ao ministro nas delações da Odebrecht, JBS e do operador Lúcio Funaro, apontado como suposto operador financeiro do PMDB.

"A injustiça não salta aos olhos de vossas excelências? Qualquer um aceitaria ser processado e julgado nesse tipo de acusação? Porque apontar o dedo é fácil, desde que o dedo não esteja apontado para nossa pessoa", declarou.

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