Brasil

Adriana Ancelmo diz não ter atuado com processos de Eike

A mulher do ex-governador Sérgio Cabral afirmou que o empresário foi representado por seu escritório, mas as ações foram conduzidas pelo seu sócio

Adriana Ancelmo: Adriana, Cabral e Eike são réus em processo resultado da Operação Eficiência, deflagrada em janeiro deste ano (Agência Brasil/Agência Brasil)

Adriana Ancelmo: Adriana, Cabral e Eike são réus em processo resultado da Operação Eficiência, deflagrada em janeiro deste ano (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2017 às 15h59.

Rio, 31 - A advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, afirmou durante interrogatório nesta segunda-feira, 31, não ter atuado diretamente nos processos relacionados ao empresário Eike Batista.

Segundo a ex-primeira-dama do Rio, esses casos foram conduzidos pelo seu ex-sócio e ex-marido, o advogado Sérgio Coelho. Adriana, Cabral e Eike são réus em processo resultado da Operação Eficiência, deflagrada em janeiro deste ano.

"Eu e Eike nos conhecemos por razões institucionais (...) Nunca estive com nenhum executivo do grupo EBX nem de empresas ligadas a ele. Os trabalhos foram feitos com meu ex-sócio Sérgio Coelho", afirmou ao juiz Marcelo Bretas, responsável pelos desdobramentos da Lava Jato no Rio.

Segundo as investigações, Eike teria pagado mais R$ 1 milhão em propina a Cabral por meio do escritório de advocacia de Adriana.

Segundo os procuradores, para ocultar o repasse, foi firmado um contrato entre o escritório da mulher de Cabral e a EBX, de Eike.

A mulher do ex-governador, que está atualmente em prisão domiciliar, detalhou que havia três demandas das empresas de Eike no escritório. Uma delas era uma auditoria jurídicas em ativos da REX, empresa de desenvolvimento imobiliário do grupo de Eike.

A outra era referente a uma disputa entre o empresário e um ex-executivo do seu grupo, Rodolfo Landim. Uma terceira seria relacionada à Techint Engenharia. "Não atuei em momento algum em nenhuma dessas demandas", declarou.

Bretas questionou se ela não tinha sido informada pelo contrato com Eike. "Tínhamos autonomia, o escritório era grande. Sobre a REX, sabia que estava ocorrendo a auditoria jurídica. Mas sobre Landim e Techint não tive conhecimento sobre o desenrolar disso", disse.

Adriana também disse que Cabral "jamais" pediu a empresas para fazer contratos com seu escritório.

Acompanhe tudo sobre:Eike BatistaOperação Lava JatoRio de JaneiroSérgio Cabral

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua