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Adir Assad e Tacla Duran são alvos de operação da PF

Os dois são apontados em delação como operadores utilizados para pagamentos indevidos pelo Setor de Operações Estruturadas

Polícia Federal: 36ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada na manhã de hoje (Getty Images/Getty Images)

Polícia Federal: 36ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada na manhã de hoje (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 08h52.

São Paulo / Brasília - Em busca dos operadores financeiros que atuavam para a Odebrecht, a Lava Jato realiza nesta quinta-feira, 10, a 36ª fase e tem como os principais alvos Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran.

Os dois são apontados em delação como operadores utilizados para pagamentos indevidos pelo Setor de Operações Estruturadas, o departamento da propina. Enquanto Assad já se encontra preso por ter sido avo de outras faes da Lava Jato, em Curitiba e no Rio de Janeiro, Tacla Duran está no exterior.

Segundo Vincius Borin, delator que atuava no banco comprado por funcionários da empresa no exterior para efetuar pagamentos irregulares,as offshore utilizadas por Tacha Duran eram utilizadas nas operações chamadas de "kibe" e "dragão"- está última que dá nome a operação deflagrada hoje pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.

O advogado Rodrigo Tacla Duran, apontado como um dos operadores das offshores criadas pelo "departamento de propina da Odebrecht", recebeu R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas, a UTC, Mendes Júnior e EIT.

Os dados constam em pedido de quebra de sigilo de empresas que, segundo o MPF, são suspeitas de escoar a propina da Mendes Júnior.Somente da Mendes Júnior, o escritório Tacla Duran Sociedade de Advogados, entre 2011 e 2013, recebeu R$ 25 milhões. Da UTC foram R$ 9 milhões e da EIT outros R$ 2 milhões.

A reportagem apurou que no caso da Mendes Júnior, os repasses ao operador são explicados na proposta de delação premiada em negociação com a Procuradoria-geral da República.

Os valores seriam destinados a agentes públicos envolvidos em irregularidades em obras da Petrobras e no governo do Rio de Janeiro.

Até então, os investigadores tinham conhecimento apenas da atuação de Tacla Duran em transações envolvendo as contras secretas da Odebrecht. Com a quebra de sigilo das construtoras, os investigadores descobriram que duas empresas de TaclaDuran foram beneficiárias de pagamentos milionários.

Além da Odebrecht, Mendes Júnior, UTC e EIT, o MPF também mapeou a relação de Tacla Duran com ao menos outras duas empreiteiras e dois operadores presos pela Lava Jato. A Treviso, de Julio Camargo, operador da Toyo Setal e atualmente delator, repassou R$ 350 mil para o escritório do advogado.

Por sua vez, outra empresa de Tacla Duran, a Econocell do Brasil, repassou R$ 3,5 milhões para empresas de Adir Assad, apontado como operador da Delta Engenharia e de outras construtoras.

O advogado Rodrigo Tacla Duran, apontado como um dos operadores das offshores criadas pelo "departamento de propina da Odebrecht", recebeu R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas, a UTC, Mendes Júnior e EIT.

Os dados constam em pedido de quebra de sigilo de empresas que, segundo o MPF, são suspeitas de escoar a propina da Mendes Júnior.Somente da Mendes Júnior, o escritório Tacla Duran Sociedade de Advogados, entre 2011 e 2013, recebeu R$ 25 milhões. Da UTC foram R$ 9 milhões e da EIT outros R$ 2 milhões.

O Estado apurou que no caso da Mendes Júnior, os repasses ao operador são explicados na proposta de delação premiada em negociação com a Procuradoria-geral da República.

Os valores seriam destinados a agentes públicos envolvidos em irregularidades em obras da Petrobras e no governo do Rio de Janeiro.

Até então, os investigadores tinham conhecimento apenas da atuação de Tacla Duran em transações envolvendo as contras secretas da Odebrecht.

Com a quebra de sigilo das construtoras, os investigadores descobriram que duas empresas de TaclaDuran foram beneficiárias de pagamentos milionários.

Além da Odebrecht, Mendes Júnior, UTC e EIT, o MPF também mapeou a relação de Tacla Duran com ao menos outras duas empreiteiras e dois operadores presos pela Lava Jato.

A Treviso, de Julio Camargo, operador da Toyo Setal e atualmente delator, repassou R$ 350 mil para o escritório do advogado. Por sua vez, outra empresa de Tacla Duran, a Econocell do Brasil, repassou R$ 3,5 milhões para empresas de Adir Assad, apontado como operador da Delta Engenharia e de outras construtoras.

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