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Acusado de dar golpe na Mega-Sena se entrega ao MP

Polícia confirmou que Márcio Xavier de Lima usou nome falso de Márcio Xavier Gomes Souza para abrir conta e receber dinheiro, transferido para outras 200 contas


	Apostador preenche Mega-Sena: golpe consistiu na abertura de conta com titular fictício para depósito de falso prêmio da Mega-Sena
 (Elza fiúza/ABr)

Apostador preenche Mega-Sena: golpe consistiu na abertura de conta com titular fictício para depósito de falso prêmio da Mega-Sena (Elza fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 16h33.

Palmas - O acusado de ser o titular da conta corrente da Caixa Econômica Federal (CEF), na qual foram depositados R$ 73 milhões do falso prêmio da Mega-Sena, se apresentou na terça-feira, 28, ao Ministério Público Federal, em Araguaína (TO).

A Polícia Federal (PF) confirmou que Márcio Xavier de Lima usou o nome falso de Márcio Xavier Gomes Souza para abrir a conta e receber o dinheiro, transferido, em seguida, para outras 200 contas. Do total desviado, a PF recuperou 70%.

Lima prestou depoimento de mais de 10 horas ao MPF e foi encaminhado à Casa de Prisão Provisória de Araguaína. No mesmo local, está preso o suplente de deputado federal do Maranhão Ernesto Vieira Carvalho Neto (PMDB), que seria o mentor do golpe.

O gerente da agência da CEF, em Tocantinópolis (TO) Robson Pereira do Nascimento, detido em 22 de dezembro, investigado como responsável pelo pagamento do falso prêmio, conseguiu liberdade provisória e vai responder ao processo em liberdade.

Quatro suspeitos continuam foragidos: Antônio Rodrigues Filho, os irmãos Alberto Nunes Tugeiro Filho e Paulo André Pinto Tugeiro, além de Talles Henrique de Freitas.

O caso

O golpe, considerado o maior da CEF, consistiu na abertura de uma conta com titular fictício para depósito de um falso prêmio da Mega-Sena, no valor de R$ 73 milhões. A não apresentação do bilhete premiado levou a instituição financeira a abrir procedimento investigativo e a acionar a PF, que desencadeou a operação Éskara (ferida, em grego) para identificar e prender os envolvidos.

O inquérito da PF sobre o caso já se encontra no MPF, sob a responsabilidade da procuradora da República Aldirla Albuquerque.

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