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Por que esta semana é decisiva para presidente da CBF

Nesta segunda-feira, uma reunião na sede da CBF poderá ser pontapé inicial para a criação de uma liga comandada pelos clubes para organizar competições


	Marco Polo Del Nero: presidente da CBF resolveu buscar retaguarda em federações com pouca expressão no futebol
 (REUTERS/Ricardo Moraes)

Marco Polo Del Nero: presidente da CBF resolveu buscar retaguarda em federações com pouca expressão no futebol (REUTERS/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2015 às 10h18.

São Paulo - O futebol brasileiro entrará em uma semana decisiva, que poderá mudar os rumos da CBF e dos clubes. Nesta segunda-feira, uma reunião na sede da CBF poderá se transformar no pontapé inicial para a criação de uma liga comandada pelos clubes para organizar as competições nacionais. Três dias depois, os presidente de 27 federações se reunirão, também no Rio, para discutir mudanças no estatuto da CBF.

Em meio a tudo isso, começará na quinta-feira a Copa América no Chile, deverá ser instalada no Senado a CPI do Futebol e também não está descartada a renúncia do presidente da CBF, Marco Polo del Nero.

O ambiente do futebol brasileiro começou a entrar em ebulição depois da prisão na Suíça do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, envolvido em um esquema de corrupção na Fifa que levou outros seis cartolas para a cadeira. O dirigente é acusado de ter cometido vários crimes, entre eles o de receber propina nas negociações de contratos da Copa América e da Copa do Brasil, competição organizada pela CBF.

Em Brasília, o senador Romário (PSB-RJ) conseguiu assinaturas para a abertura da CPI, que depende agora apenas da indicação dos sete membros titulares e sete suplentes para ser instalada, o que deve acontecer nos próximos dias. Os dirigentes de clubes, então, aproveitaram o momento de enfraquecimento da CBF para começarem a articular a criação de uma liga, independente da CBF. Um dos líderes do movimento é o presidente do Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia.

O grupo ganhou um apoio de peso. O ex-jogador Ronaldo bateu forte em Del Nero na última semana e chegou a pedir a renúncia imediata do dirigente. O governo federal também defende a criação da liga e o ministro do Esporte, George Hilton, tem percorrido o País se solidarizando aos clubes.

Acuado, o presidente da CBF resolveu buscar retaguarda em federações com pouca expressão no futebol, mas que têm poder para mantê-lo no cargo porque fazem parte do colégio eleitoral da entidade. É graças a essa base de apoio, inclusive, que ele pretende minar o seu mais novo adversário: o presidente da Federação Catarinense, Delfim Peixoto Filho. Vice mais velho da CBF, ele é o primeiro na linha sucessória da CBF. Assim, Del Nero já trabalha na mudança do estatuto para que o seu sucessor não seja Delfim.

COPA AMÉRICA - A competição começa nesta quinta-feira, no Chile, sem a presença dos principais cartolas do continente. Três ex-membros do Comitê Executivo da Conmebol estão presos: Marin, Eugenio Figueredo (uruguaio, ex-presidente da entidade) e Rafael Esquivel (venezuelano, presidente da federação do seu país e vice da Conmebol). Outra ausência certa é a do ex-presidente da Conmebol Nicolás Leoz, que está em prisão domiciliar no Paraguai.

Já a viagem de Del Nero ao Chile dependerá dos desdobramentos das reuniões que acontecerão a partir desta segunda-feira na sede da CBF, no Rio.

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