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"Acredito na lealdade de Rodrigo Maia", diz Temer

Na Argentina, Maia declarou lealdade a Temer no momento em que há defesa de seu nome por aliados do PSDB como alternativa à crise política

Temer: o presidente disse que tem "zero" de preocupação com uma debandada da base (Wolfgang Rattay/Reuters)

Temer: o presidente disse que tem "zero" de preocupação com uma debandada da base (Wolfgang Rattay/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de julho de 2017 às 18h49.

São Paulo e Hamburgo - O presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta sexta-feira, 7, na Alemanha que acredita na lealdade do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"Acredito plenamente, ele só me dá provas de lealdade", afirmou o presidente em entrevista coletiva durante o encontro de chefes de Estado do G-20, em Hamburgo.

Na Argentina, mais cedo, Rodrigo Maia declarou lealdade a Temer no momento em que há defesa de seu nome por aliados do PSDB como alternativa à crise que pode tirar o peemedebista do poder.

"Eu aprendi em casa a ser leal, a ser correto e serei com o presidente Michel Temer sempre", disse Maia, na ocasião.

Além disso, Michel Temer afirmou que está tranquilo com a posição do PSDB sobre o governo e que tem "zero" de preocupação com uma debandada de membros de sua base aliada e com um eventual desembarque da legenda tucana do governo. Na quinta-feira, 6,o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE) disse que o País "caminha para a ingovernabilidade" na gestão Michel Temer.

O peemedebista afirmou que conversou com os quatro ministros tucanos e que todos demonstraram tranquilidade com a situação. "Me ligaram todos, me explicaram que a fala do Tasso não condiz com aquilo que pensa a maioria do PSDB", afirmou o presidente.

Temer declarou ainda que tem "zero" preocupação com a eventual delação premiada do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato. E sobre a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, o presidente apenas afirmou que "vamos deixá-lo explicar".

A respeito do vazamento de uma reunião entre o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) com investidores, onde o tucano teria dito que o governo atual não teria duração de mais de 15 dias, Temer foi irônico.

"Vamos esperar os 15 dias, não é verdade? Vamos esperar os 15 dias", declarou a jornalistas ao chegar ao hotel onde está instalado em Hamburgo, depois de participar de seu último evento oficial do dia, um concerto.

"Acho que foi força de expressão, nada mais. Às vezes as pessoas se entusiasmam um pouco, foi simplesmente força de expressão", minimizou.

Em Brasília, o parlamentar seguiu a mesma linha, dizendo que o prognóstico foi uma força de expressão, que se tratou de uma conversa confidencial, mas não negou seu conteúdo.

Temer também disse que durante o encontro do G-20 ele falou muito sobre o Acordo de Paris, e o apoio do Brasil às medidas propostas pelos países para o meio ambiente.

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