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Ações pela segurança intimidam marginais, afirma Temer

Temer disse que ações dos governos em relação à segurança, incluindo encontros de autoridades, chegam aos marginais e os intimidam a praticar crimes

Michel Temer: "A União não vai interferir em nenhuma das competências dos Estados. O que nós queremos é fazer essa integração" (Beto Barata/PR/Divulgação)

Michel Temer: "A União não vai interferir em nenhuma das competências dos Estados. O que nós queremos é fazer essa integração" (Beto Barata/PR/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de março de 2018 às 13h20.

Brasília - Em reunião com prefeitos de capitais no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 7, o presidente Michel Temer voltou a dizer que o tema da segurança pública é fundamental e que é preciso a participação de toda a sociedade para ajudar no combate ao crime. "Segurança pública não é uma questão só da União, só dos Estados e ou dos municípios, é uma questão da sociedade", disse o presidente afirmando que o objetivo do encontro com os prefeitos é pautar a segurança pública como um dos temas fundamentais do País.

Temer, que com a decisão de intervir na segurança pública do Rio de Janeiro virou a agenda do governo e passou a usar a bandeira da segurança como possível plataforma para a reeleição, disse ainda que ações dos governos em relação à segurança, incluindo esses encontros de autoridades, chegam aos marginais e os intimidam a praticar crimes.

"Essas reuniões, movimentações, chegam a quem está na marginalidade e naturalmente fazem com que eles se preocupem pelo menos em praticá-las porque saberão que terão uma resposta muito firme muito e segura das autoridades estaduais", afirmou.

O presidente disse que o governo tem evidentemente em pauta e em conta o princípio federativo. "A União não vai interferir em nenhuma das competências dos Estados. O que nós queremos é fazer essa integração", disse, ressaltando a criação do Ministério Extraordinário da Segurança e que a pasta será responsável por coordenar as ações da área.

Sugestão

Temer sugeriu que os prefeitos deem uma "função mais efetiva" às guardas municipais. "Na medida em que estejam nas praças, nas ruas e diante dos colégios, elas estarão exercendo uma prevenção muito significativa", destacou o presidente sugerindo que prefeitos chamem os comandantes e discutam formas de melhorar a atuação das guardas municipais.

Participantes

De acordo com a lista divulgada pelo Planalto, estão presentes na reunião o presidente da Câmara, Rodrigo Maia; os ministros Torquato Jardim (Justiça), Raul Jungmann (Segurança Pública), Esteves Pedro Colnagro Junior (interino do Planejamento), Carlos Marun (Secretaria de Governo), além do secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional, General Freire Gomes.

No total, estão presentes os seguintes prefeitos: Antonio Carlos Magalhães Neto, de Salvador (DEM), Marcelo Crivella, Rio de Janeiro (PRB); Zenaldo Coutinho, Belém (PSDB); Geraldo Júlio, Recife (PSB); João Doria, SP (PSDB); Alexandre Kalil, Belo Horizonte (PHS);Iris Rezende, Goiânia (MDB); Emanuel Pinheiro, Cuiabá (MDB); Nelson Marchezan Junior, Porto Alegre (PSDB), Roberto Claudio Rodrigues Bezerra, Fortaleza (PDT); Luciano Rezende, Vitória (PPS); Firmino Filho, Teresina (PSDB); Guilherme Pereira de Paulo, em exercício, Florianópolis (MDB); Rui Palmeira, Maceió (PSDB), Edvaldo Nogueira, Aracaju (PCdoB); Rafael Greca, Curitiba (PMN); Marcus Alexandre, Rio Branco (PT); Marquinhos Trad, Campo Grande (PSD); Hildon de Lima Chaves, Porto Velho (PSDB); Carlos Franco Amastha, Palmas (PSB); Clécio Luís, Macapá (Rede); Teresa Surita, Boa Vista (MDB).

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