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Ações do Gaeco recuperam R$ 3,2 bi ao Tesouro em 2013

Documento destaca que núcleos do Gaeco, braço do Ministério Público de SP que combate corrupção e crime organizado, denunciaram 1205 investigados no estado


	Corrupção: ações dos promotores do Gaeco resultaram, em 2013, na recuperação de R$ 3,2 bilhões ao Tesouro
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Corrupção: ações dos promotores do Gaeco resultaram, em 2013, na recuperação de R$ 3,2 bilhões ao Tesouro (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 17h24.

São Paulo - As ações dos promotores do Gaeco - braço do Ministério Público de São Paulo que combate corrupção e crime organizado - resultaram, em 2013, na recuperação de R$ 3,2 bilhões ao Tesouro.

A informação faz parte da prestação de contas apresentada nesta quinta-feira, 06, pelo procurador Márcio Fernando Elias Rosa, que afastou-se do cargo de procurador-geral de Justiça de São Paulo para concorrer à reeleição.

Em carta a todos os promotores do Ministério Público paulista, Elias Rosa entrega o balanço de sua gestão no período 2012/2014. Ele também faz uma síntese do programa de gestão se alcançar novo mandato.

O documento destaca que os núcleos do Gaeco em todo o Estado denunciaram 1205 investigados, dos quais 194 foram condenados. Entre os condenados estão 46 servidores públicos de escalões diversos.

"O nosso Ministério Público vive hoje período muito rico e de históricos resultados, indicando que a continuidade e o aprimoramento das iniciativas contribuirão para a permanente modernização e aperfeiçoamento da nossa Instituição", assinala Elias Rosa, na carta endereçada aos 2024 promotores e procuradores de Justiça.

Na prestação de contas, caderno de 70 páginas e 27 tópicos, Elias Rosa assinala pontos que reputa importantes de seu mandato, como o ingresso de 253 novos promotores, a quitação de antigos passivos de pessoal, a iniciativa histórica que derrubou a PEC 37 - proposta à Constituição que excluía o Ministério Público das investigações criminais -, e a instalação de 34 novas sedes para s promotorias, sendo 14 delas em prédios próprios da instituição.

"Sem estratégia não há liderança nem autoridade", diz Elias Rosa, cujo lema de campanha é "O novo MP já existe".


"O programa funda-se em valores e princípios elementares ao Ministério Público, como a valorização da Instituição e de seus membros, a independência funcional, a impessoalidade, o pluralismo, a transparência e a eficiência", afirma o procurador. "A gestão é participativa e compartilhada e assim deseja-se que siga adiante".

Elias Rosa planeja percorrer todas as regiões do Estado para "expor as ideias e colher opiniões".

Sua equipe de campanha colocou no ar nesta quinta o site Márcio Elias Rosa. Neste endereço eletrônico os promotores podem conhecer os argumentos do procurador em busca do segundo mandato no topo do Ministério Público.

As eleições no Ministério Público de São Paulo estão marcadas para o próximo dia 5 de abril.

Podem votar todos os promotores e procuradores. Eles elegem 3 nomes. A lista tríplice vai para o governador, que tem prerrogativa constitucional de escolher o novo procurador-geral, independente da ordem de colocação.

Também concorre à cadeira número 1 do Ministério Público de SP o procurador Luiz Antonio Guimarães Marrey, que já foi procurador-geral em 3 ocasiões, entre 1996 e 2004, nomeado duas vezes pelo governador Mário Covas e uma por Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.

Marrey foi secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura de São Paulo, gestão José Serra (PSDB)/Gilberto Kassab (PSD). Depois, foi secretário de Estado da Justiça de Serra e secretário de Governo de Alberto Goldman.

No início de fevereiro, em carta aos promotores, pela qual comunica que é candidato, Marrey fez pesadas críticas a seu oponente, a quem atribui "fraqueza de liderança". Ele escreveu.

"É preciso ter ideias novas e ousadia para garantir o Estado de Direito para a totalidade da população paulista, exposta à violência de criminosos e de gênero, muitas vezes à indiferença, à ineficiência e à patologia dos serviços públicos, como ao abuso do poder econômico e o desrespeito em massa dos direitos do consumidor, à falta da proteção da infância e juventude e a episódios graves de degradação ambiental."

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