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Acionistas insatisfeitos têm razão, diz diretor da Petrobras

O balanço da estatal indicou que o resultado líquido de 2014 ficou negativo em R$ 21,6 bilhões


	Diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold Júnior, disse que companhia tem todas as condições de se recuperar
 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold Júnior, disse que companhia tem todas as condições de se recuperar (Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 18h01.

São Paulo - O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold Júnior, disse hoje (22) que os acionistas da empresa têm razão em estarem insatisfeitos com os resultados da companhia.

“Os nossos acionistas têm razão de não estarem muito felizes com a gente”, disse ao explicar a situação da empresa em um seminário promovido pela revista Carta Capital.

“Esse tombo nos preços [do petróleo], junto com os projetos [trouxe prejuízos]. A gente fez essas refinarias e a produção não veio. A gente tinha uma expectativa de aumento da produção e a geração de caixa seria maior”, explicou sobre os resultados do último ano.

O balanço da estatal indicou que o resultado líquido de 2014 ficou negativo em R$ 21,6 bilhões. Estão incluídos nesse cálculo os R$ 6,2 bilhões de perdas estimadas com a corrupção na petroleira. A desvalorização dos ativos da empresa chegou a R$ 44,6 bilhões.

Repsold atribuiu as perdas ao volume excessivo de investimentos nos últimos anos, que acabou fazendo com que a empresa se arriscasse mais do que o necessário.

“Obviamente, não era para ter acontecido. Em um ritmo mais adequado a gente teria superado a barra”, admitiu.

Apesar dos problemas, o diretor disse que a companhia tem todas as condições de se recuperar das perdas.

“Essa empresa não tem um problema operacional ou técnico. A produtividade dos empregados da Petrobras é cada vez maior”, ressaltou.

Para reduzir o endividamento, Repsold disse que a empresa deverá se desfazer de US$ 10 bilhões de ativos em 2016.

“Ninguém pode viver com esse grau de alavancagem e endividamento crescente”, justificou. Os investimentos para o próximo ano estão estimados em US$ 25 bilhões.

“A gente amadureceu em várias áreas e a gente pode agora buscar mais rentabilidade, liquidez e caixa. Substituindo alguns ativos, por outros que gerem mais caixa”, acrescentou.

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