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Acidentes com fios de energia mataram 317 pessoas em 2013

De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Leite, os acidentes na construção civil acontecem principalmente em obras informais


	Poste: 12,9% dos acidentes fatais foram causados por ligações elétricas clandestinas
 (Fabio Luiz A. Silva/ Flickr Commons)

Poste: 12,9% dos acidentes fatais foram causados por ligações elétricas clandestinas (Fabio Luiz A. Silva/ Flickr Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 18h43.

Brasília - No ano passado, 31,8% das mortes envolvendo contato com fios da rede elétrica acontecem na construção civil.

Um levantamento feito pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) mostrou que mais 12,9% dos acidentes fatais foram causados por ligações elétricas clandestinas, 5% por podas de árvores de maneira indevida, 4% foram resultado de instalações de antenas de televisão perto dos fios e outros 4% por brincadeiras com pipas.

No total, 317 pessoas morreram em 2013.

De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Leite, os acidentes na construção civil acontecem principalmente em obras informais.

No caso dos acidentes com ligações clandestinas, são registrados em grande parte nas periferias e em locais onde não há rede elétrica regularizada.

“As pessoas que vão construir puxadinhos nos finais de semana, sem o devido cuidado, acabam encostando em um vergalhão na rede elétrica e sofrendo um acidente”.

A Abradee abriu hoje (11) a 9ª Semana Nacional da Segurança da População com Energia Elétrica, promovida anualmente pela associação.

Neste ano, o objetivo é alcançar 120 milhões de pessoas, com peças publicitárias, palestas em escolas e canteiros de obras e divulgação de informações nas contas de luz.

Para Leite, a falta de informação e conscientização sobre os riscos são as principais causas dos acidentes.

O presidente da Abradee disse que os empréstimos liberados até agora para as empresas serão suficientes para cobrir despesas com geração de energia por usinas termelétricas e com a compra de energia no mercado para garantir o suprimento até o fim do ano.

Na semana passada, o governo anunciou um novo empréstimo para as distribuidoras de energia, de R$ 6,6 bilhões, além dos R$ 11,2 bilhões que já haviam sido liberados.

Segundo Leite, na próxima quarta-feira (13) devem ser liberados os recursos para as distribuidoras relativos aos meses de maio e junho.

Os recursos de maio somam R$ 1,8 bilhão e o ressarcimento de junho será R$ 327 milhões.

Os empréstimos são necessários para cobrir o custo das empresas com a escassez de chuva no Centro-Sul do país neste ano.

A queda do nível dos reservatórios fez as empresas pagarem mais pelo uso das usinas termelétricas e pela compra de energia no mercado de curto prazo, cujo custo disparou com a falta de chuvas.

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