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Ação mostra que Alckmin se incomodou, diz Padilha

Campanha do petista vai recorrer da decisão que o proibiu de afirmar que atual governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, criou o "Mais Roubos"


	Padilha em Paraisópolis: candidato entrou em casas e no comércio local
 (Paulo Pinto/Analítica)

Padilha em Paraisópolis: candidato entrou em casas e no comércio local (Paulo Pinto/Analítica)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 17h22.

São Paulo - O candidato ao governo do PT, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira que sua campanha vai recorrer da decisão que o proibiu de afirmar que o atual governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), criou o "Mais Roubos".

"Parece que incomodou o atual governador porque no dia que falamos do Mais Médicos (saiu o dado que) mostrou que em 14 meses seguidos o número de roubo de São Paulo cresceu", disse Padilha, após uma caminhada na comunidade de Paraisópolis, na zona sul da capital.

Ontem, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TER-SP) concedeu liminar para suspender imediatamente propaganda na televisão de Padilha na qual ele fala que o governo criou o "Mais Roubos".

Na avaliação do Tribunal Eleitoral, a propaganda "sugere que o governo do Estado, em contraposição a programa federal para extensão do atendimento médico básico, teria desenvolvido outro, de estímulo à criminalidade".

Padilha disse que estuda possíveis ajustes na campanha para manter as críticas ao atual governo e que vai recorrer da decisão.

"Isso é uma questão da Justiça, nossa campanha vai fazer os ajustes necessários, vamos sempre tratar disso na justiça, (a campanha) vai recorrer."

Apesar de reconhecer que deve fazer ajustes em seu discurso, Padilha disse que a estratégia principal da campanha não sofrerá alterações.

"A estratégia continua exatamente a mesma de fazer agenda diárias temáticas. Hoje era de habitação", disse.

Médicos especialistas

O candidato comentou ainda a proposta apresentada pela presidente Dilma Rousseff de fazer a segunda etapa do programa Mais Médicos, com a inclusão de profissionais especialistas.

"Eu apresentei essa proposta e a presidente viu que há a mesma necessidade para o Brasil. Quando criei o Mais Médicos tinha dito que era o primeiro passo de uma grande transformação na saúde do País. O próximo passo é o Mais Médicos especialistas", afirmou, destacando que é possível abrir 3 mil vagas para médicos especialistas no Estado.

Segundo ele, o objetivo não é trazer médicos estrangeiros e sim fazer parcerias com médicos especialistas que já atuam no Estado, inclusive nas clínicas privadas.

"A mesma parceria que fiz com a farmácia popular que aumentou o remédio de graça eu farei o mesmo com as clínicas privadas", prometeu.

Caminhada

Padilha visitou hoje a comunidade de Paraisópolis, que é uma das maiores favelas da cidade, com cerca de 140 mil pessoas.

Ele andou pelas vielas e viu obras de pavimentação que estão sendo realizadas no local. O candidato entrou em casas e no comércio local, acompanhado de um pequeno grupo de militantes.

Uma Kombi de candidatos a deputado federal Gilson Rodrigues e Miguel Manso, ambos do Partido Pátria Livre (PPL), em um dos momentos do percurso tentou impedir a passagem dos petistas e "disputou" o som local, com mensagens contra o partido e o candidato.

A Kombi tinha adesivos também da candidata à Presidência Marina Silva (PSB). Por conta do imprevisto, Padilha alterou a rota, mas não conseguiu evitar o bate boca entre militantes.

Padilha participa ainda hoje de uma agenda no Vale do Paraíba, que contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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