Brasil

Ação do STF no mensalão foi "recado", diz Ayres Britto

"O Supremo mandou um recado institucional muito claro para todo o país: ninguém está acima da lei", disse o ex-ministro

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2013 às 13h53.

São Paulo - Após uma palestra em que defendeu a democracia e a Constituição, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto disse que o julgamento do processo que ficou conhecido como mensalão foi um recado a todo o País.

"O Supremo mandou um recado institucional muito claro para todo o País: ninguém está acima da lei", disse, em debate na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Ayres Britto não citou de forma nominal o mensalão - julgado como a ação penal 470 - e disse que não gostaria de entrar no mérito da causa, mas usou a decisão do STF para ilustrar o amadurecimento institucional brasileiro.

Ele afirmou que além do contraditório entre acusação e defesa, houve também durante o julgamento o contraditório entre o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, e o ministro Ricardo Lewandowski, revisor. "E os dois tiveram todo o clima de liberdade para expor suas ideias, foi um momento institucional de grandeza", afirmou.

De acordo com ele, a democracia tem a virtude de "digerir as suas crises". "Agora é que estamos compreendendo que uma consciência de institucionalidade está tomando conta do País", disse.

Durante sua palestra para integrantes do conselho da associação, Ayres Britto afirmou que o combate à corrupção, pelos princípios trazidos pela Constituição, é feito com rigor. "Quando a corrupção é sistêmica, enquadrilhada, ela é uma declaração de guerra ao Estado de Direito e aos direitos sociais", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaMensalãoPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

São Paulo enfrenta apagões após forte chuva nesta quinta: mais de 100 mil clientes estão sem luz

Ecorodovias vence leilão de concessão da rodovia Nova Raposo por R$ 2,190 bilhões

O que é Nióbio e para que serve?

Amazonas, Maranhão, Roraima e Pará têm maior porcentagem de municípios com lixões, diz IBGE