D[olar: moeda encerrou cotada a R$ 2,2840, em queda de 1,13%. Esta é a maior baixa porcentual em um dia desde 17 de julho último (Scott Eells/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2013 às 17h15.
São Paulo - Após três sessões de ausência, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio nesta quinta-feira. A autoridade monetária aproveitou a tendência de baixa para o dólar ante o real, estimulada pelo cenário externo, para fazer um leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro).
Com a operação, o BC intensificou o recuo do dólar no balcão, que encerrou cotado a R$ 2,2840, em queda de 1,13%. Esta é a maior baixa porcentual em um dia desde 17 de julho último.
A divisa dos Estados Unidos ficou em território negativo o dia todo. Na máxima, marcou R$ 2,3080 (-0,09%) e, na mínima, atingiu R$ 2,2760 (-1,47%).
Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro à vista de US$ 1,607 bilhão. O dólar pronto na BM&F teve queda de 0,81%, a R$ 2,2825, com sete negócios. No mercado futuro, o dólar para setembro valia R$ 2,2940, em baixa de 1,38%.
Pela manhã, as moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil, mostravam força em relação ao dólar, após a divulgação de dados sobre a balança comercial da China.
O país asiático registrou superávit de US$ 17,80 bilhões em julho, abaixo dos US$ 27,12 bilhões de junho e da previsão de US$ 27,20 bilhões para o mês passado. As exportações aumentaram 5,1%, enquanto as importações tiveram alta de 10,9%.
Os números, que sugerem um cenário melhor para exportadores de commodities, conduziu a alta das moedas de países como o Brasil.
Por aqui, o recuo da moeda americana era reforçado por ajustes de posições, já que na véspera o dólar ganhou força na reta final dos negócios. "Ontem, a moeda americana ficou renovando máximas no fim do dia, com todo mundo esperando que o BC entrasse para segurar a cotação. Mas ele não entrou", citou um profissional da mesa de câmbio de um banco.
Perto das 11h30, a autoridade monetária anunciou leilão de até 20 mil contratos de swap cambial e vendeu 12,7 mil (US$ 630,90 milhões). Ao injetar moeda no mercado futuro, o BC conseguiu pressionar a cotação do dólar no mercado à vista ainda mais para baixo.
"O BC aproveita o ambiente mais propício à queda do dólar para favorecer o ajuste de baixa", comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.