Brasil

Ação do BC amplia queda do dólar, que fecha a R$ 2,284

Com leilão de swap cambial, o Banco Central intensificou o recuo do dólar no balcão


	D[olar: moeda encerrou cotada a R$ 2,2840, em queda de 1,13%. Esta é a maior baixa porcentual em um dia desde 17 de julho último
 (Scott Eells/Bloomberg)

D[olar: moeda encerrou cotada a R$ 2,2840, em queda de 1,13%. Esta é a maior baixa porcentual em um dia desde 17 de julho último (Scott Eells/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2013 às 17h15.

São Paulo - Após três sessões de ausência, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio nesta quinta-feira. A autoridade monetária aproveitou a tendência de baixa para o dólar ante o real, estimulada pelo cenário externo, para fazer um leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro).

Com a operação, o BC intensificou o recuo do dólar no balcão, que encerrou cotado a R$ 2,2840, em queda de 1,13%. Esta é a maior baixa porcentual em um dia desde 17 de julho último.

A divisa dos Estados Unidos ficou em território negativo o dia todo. Na máxima, marcou R$ 2,3080 (-0,09%) e, na mínima, atingiu R$ 2,2760 (-1,47%).

Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro à vista de US$ 1,607 bilhão. O dólar pronto na BM&F teve queda de 0,81%, a R$ 2,2825, com sete negócios. No mercado futuro, o dólar para setembro valia R$ 2,2940, em baixa de 1,38%.

Pela manhã, as moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil, mostravam força em relação ao dólar, após a divulgação de dados sobre a balança comercial da China.

O país asiático registrou superávit de US$ 17,80 bilhões em julho, abaixo dos US$ 27,12 bilhões de junho e da previsão de US$ 27,20 bilhões para o mês passado. As exportações aumentaram 5,1%, enquanto as importações tiveram alta de 10,9%.

Os números, que sugerem um cenário melhor para exportadores de commodities, conduziu a alta das moedas de países como o Brasil.

Por aqui, o recuo da moeda americana era reforçado por ajustes de posições, já que na véspera o dólar ganhou força na reta final dos negócios. "Ontem, a moeda americana ficou renovando máximas no fim do dia, com todo mundo esperando que o BC entrasse para segurar a cotação. Mas ele não entrou", citou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

Perto das 11h30, a autoridade monetária anunciou leilão de até 20 mil contratos de swap cambial e vendeu 12,7 mil (US$ 630,90 milhões). Ao injetar moeda no mercado futuro, o BC conseguiu pressionar a cotação do dólar no mercado à vista ainda mais para baixo.

"O BC aproveita o ambiente mais propício à queda do dólar para favorecer o ajuste de baixa", comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralDólar comercialMercado financeiroMoedas

Mais de Brasil

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF